quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

VIAGEM À DARJEELING - Quem já assistiu outros filmes de Wes Anderson (Os Excêntricos Tenenbaums, A Vida Marinha com Steve Zissou) vai entender o que vou tentar dizer. Seu universo é muito particular. Tratam-se de comédias recheadas de elementos dramáticos; em certo momento até duvida-se ser comédia, porque seus personagens são tão reais, ordinários, comuns que é impossível não se identificar com qualquer um deles ou sua busca ou seu propósito.
Neste recente Viagem à Darjeeling, 3 irmãos (Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman) que não se vêem a muito tempo, se reúnem para uma viagem pela Índia atrás de sua mãe. Sobram então momentos para as situações criadas pelo roteiro.
PS: Note em determinado momento o incrível travelling lateral usado para repassar a vida das personagens. Grande Cinema!! Mas não cinemão...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

MUNIQUE - Spielberg é um cineasta surpreendente. Ele consegue se reciclar a cada ano, a cada obra. Aliás, ele pode até passar longe do genial, mas que ele é um produtor/diretor de mão cheia, ah isso ele é! Com Munique ele concorreu a 5 prêmios Oscar e 2 Globo de Ouro com muito mérito. O cinema engajado politicamente, que nunca foi seu forte, começa a ser mais presente na sua cinebiografia, já que anos antes ele havia entregado A Lista de Schindler.
Aqui, ele retrata a história real de 5 terroristas israelenses que são contratados para matar 11 palestinos que estiveram envolvidos com o atentado nas Olimpíadas de Munique, em 1972, que vitimou dezenas de atletas e treinadores daquele país. Spielberg gosta de cutucar vespeiro... ele poderia ser tachado como uma pessoa que toma parte de qualquer um dos lados indicando favorecimento, mas não... sua mão firme não pende para lado algum.
A duração pode ser um pouco exagerada (2h40), mas o resultado, tanto pelo conteúdo histórico como pela aula de dieção, vale muito a pena.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ICHI THE KILLER - Mais um destes filmes orientais obscuros e não vou nem perder tempo aqui... nem o seu, nem o meu... o filme é ruim, chato e estranho... personagens excêntricos comandados por outro mais ainda, saem em busca do chefe que está sumido. Eles realizam as mais sádicas formas de torturas para conseguir esta informação, já que o principal da gangue é masoquista, mas durante esta busca, acontece uma estranha onda de assassinatos dentro do bando... acho que já foi o suficiente, né?!
ACROSS THE UNIVERSE - É um filme feito por uma diretora apaixonada pelos Beatles, que deciciu escrever um roteiro baseando-se nas músicas do Fab Four, utilizando-se de seus personagens, como Jude, Maxwell, Jojo, Prudence, Sadie, Mr. Kite, Dr. Robert, Lucy e tantos outros, e contando suas histórias de amor, amizade e guerra passando pelas fases que qualquer tipo de relacionamento, de amizade ou não, passam. Se você é Beatlemaníaco, como a pessoa que vos escreve, vai notar muitas referências à banda nos objetos (vivos ou não) de cena, nas falas e no próprio andamento do filme. A história do filme conta cronologicamente, certinho, a fase dos Beatles! De reis do iê-iê-iê, ao consumo de drogas, as brigas, a guerra e o amadurecimento. É muito claro!
Os atores, desconhecidos, são ótimos! O elenco tem uma empatia muito grande e leva as músicas muito bem, complementando muito para o filme. Participações de Salma Hayek, Joe Cocker e Bono Vox.
Preste atenção nas sequências musicais e no deslumbramento visual do filme.Tudo é muito colorido, bem coreografado, uma riqueza de formas e fases. É incrível.
Julie Taymor, diretora de Frida, foi cutucar um vespeiro. Não existe outra banda mais bem sucedida e com melhor reputação na história da música que os Beatles, é difícil fazer algo que agrade seus exigentes fãs. Digo por mim, saí MUITO satisfeito e empolgado com o filme!
CONTROL - Foi um filme marcante... realmente difícil de esquecer. Fui só, porque minha "pequena" estava em Taubaté e a sessão rolou no meio da semana na Mostra de SP e eu não poderia perder. Tenho que admitir... não sou um grande conhecedor de Joy Divison, nunca fui, mas depois que assisti A Festa Nunca Termina me interessei bastante pelo som britânico dos anos 70/80 e a cena deste que mostra a morte do Ian Curtis marca bastante. Por isso fui cheio de expectativa para a sessão de Control, finalmente ia conhecer a trajetória dele e da banda. O roteiro é baseado no livro Carinhos Distantes escrito pela sua esposa alguns anos atrás.
Saí do cinema realmente pensativo, olhando o nada, muito comigo mesmo... não é o tipo de filme que se quer sair, comer e pizza e conversar com outros, se abrir, falar e falar... tem que se olhar para sí e analisar as impressões... se não for assim não há como digerir certas coisas.
Anton Corbijn, o diretor, tem uma ligação música-cinema muito grande. Ele, que já havia dirigido filmes/documentários sobre U2, Bryan Addams, Depeche Mode e Metallica, nos traz uma obra tão discreta, minimalista e introspectiva quanto a própria figura do Ian, que está loooooonge de ser um gênio, mas ainda assim deixou sua marca com tanta simplicidade que por isso se tornou tão notável.
Assista este filme... se possível sozinho... ajuda na digestão.
EL OTRO - Mais uma mostra do crescente cinema argentino, mas sem tanta inspiração. Ariel Rotter nos entrega um filme leve sobre um cara de meia-idade, nos 40 e pouco, com o pai seriamente doente e a esposa grávida de seu primeiro filho. Ele está vivendo a crise daqueles anos em que se constata que a vida não lhe reserva quaisquer surpresa pros próximos anos. A vida fica sem graça... Julio Chavez (que aliás é a cara do Bebeto de Feitas), interpreta este cara que viaja à trabalho e nas cidades em que chega começa a adotar personalidades imaginárias, meio que para "ver o que acontece". Não há uma grande cena, um momento de reviravolta no roteiro ou algo assim, por isso, fica-se pacientemente esperando o fim da história, o que não traz nada de novo. Um filme que chega de surpresa, se apresenta quietinho e sai sem fazer barulho.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

SCOOP, O GRANDE FURO - É incrível a capacidade de alguns cineastas se reinventarem com o tempo (como a Madonna faz na mísica), mas definitivamente Woddy Allen não é um deles. Calma, eu explico... não é que ele sempre se repete, apenas se aprimora naquilo que é melhor, a comédia do dia-a-dia, do convencional. Aí ele é mestre, não há ninguém que possa se comparar!
O seu filme anterior, Match Point foi excelente (apesar de eu ter a convicta certeza de que não passa de uma refilmagem de Crimes e Pecados, do Woddy também), com seus momentos e diálogos cortantes. Mas o plot principal gira em torno do suspensesobre o romance dos protagonistas. Em Scoop, a comédia é o prato principal. Ele (mágico fracassado) e uma aspirante a jornalista (Scarlett Johansson) tentam desvendar o mistério por traz de um serial killer, que acreditam ser um misterioso rapaz de alta classe (Hugh Jackman). Woddy faz um papel muito importante, o de sempre, o incomodado-inseguro-neurótico-judeu, mas engraçado até quando não quer, ou precisa.
Este é Woddy Allen, nas pequenas coisas ele faz a diferença, e esta diferença define o que é banal e o que é genial.

sábado, 3 de novembro de 2007

O LABIRINTO DO FAUNO - Muito louvável do Guillermo Del Toro escrever uma fábula com fortes elementos de violência e terror... muito interessante... mas fico pensando o que Tim Burton faria com este roteiro em mãos... A história pretende mesclar fantasia e (dura) realidade com a menina filha de um ditador que recebe uma missão de um fauno, que acredita esta ser na realidade uma princesa... Eu gosto mais da parte fantástica, com seus cenários, personagens e situações ricas e muito bem feitas... mas quando cai na parte real, a violência é muito presente e necessária para elevar o tom não-infantil da fábula...
O filme concorreu a muitos prêmios em diversos festivais pelo mundo... mas ainda penso como ficaria o roteiro nas mãos de Tim Burton... Quer um conselho? Assista Hellboy que é muito melhor...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ENTRE O CÉU E O INFERNO - Meu Deus... uma garota ninfomaníaca (Cristina Ricci) e seu namorado que possui sérios ataques de ansiedade (Justin Timberlake) acabam se separando para que ele vá pro exército. Ela então, passa a querer "se entregar" (digamos assim) a todo e qualquer homem da cidade. Ela é encontrada por um músico de blues (Samuel L. Jackson) que a leva pra casa, e vendo não haver solução para seu desejo por sexo, a acorrenta para tentar curá-la. (?!)
bem.. é isso... o que dizer?! O Samuel faz de novo o papel do negão-fodão-que-sabe-de-tudo-e-conhece-todas-as-respostas, o Justin... ah, fala sério! e a Cristina fica pelada metade do filme... se você achar que estes três elementos fazem um bom filme, fique a vontade... mas eu recomendo não entrar neste barco.
O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS - Que beleza, que beleza... vi na Mostra de Cinema Brasileiro de SBC e mesmo o burburinho incessante não foi capaz de atrapalhar a obra. O menino fica na casa do avô quando os pais "saem de férias" (vão pro clandestino) e desenvolve uma relação de amor e ódio no meio da Copa do Mundo de 1970. Em momentos essa relação com o "vovô" lembra Cinema Paradiso quando o "novo" rejeita e depois acaba aceitando o "velho".
O mais interessante aqui é reparar como Cao Hamburguer está se saindo um diretor preocupado com os detalhes, os pequenos movimentos, as influências que as pequenas coisas têm na nossa vida. Esta preocupação reflete na tela, e nos tristes olhos do protagonista. A retratação do período de Copa dá um tom leve à obra. Todos os ingredientes juntos num caldeirão que gera este suco delicioso da cinematografia nacional. Não deixe de assistir!
DR. JIVAGO - É de 1965... dura umas 3 horas e meia... mas é ótimo! Geralmente este tipo de filme com a narrativa clássica de décadas passadas não tende a agradar nos dias de hoje, justamente por não falar a "mesma língua" de outras gerações, mas este filme aqui merece sim ser visto. Pode ser pela retratação de época (Rússia de 1917), pelas ótimas cenas de guerra, pelas atuações (Omar Sharif e Alec Guiness), pela beleza de Geraldine Chaplin (filha dele) e Julie Christie... o que importa é o que fica. E não há como não se importar com a história, o amor "impossível" em tempos de guerra e redefinição de valores. Uma aula de direção de David Lean...5 Oscar e tudo...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

BOBBY - Martin Sheen, Emilio Estevez, Demi Moore, Ashton Kutcher, Helen Hunt, Christian Slater, Anthony Hopkins, Laurence Fishburne, Sharon Stone, Elijah Wood... mas que elenco, hein! Pois é, um grande mérito do filme, e que ajuda também a ser levado por tantas histórias paralelas. Em 4 de junho de 1968, o então senador Bobby Kennedy (irmão do JFK, quele que levou um tiro na cabeça no desfile em carro aberto) se candidata a presidente dos EUA e no meio de toda muvuca no hotel onde ele estava um cara entrou e disparou vários tiros e matou Bobby. Emilio Estevez, o diretor, nos mostra a figura de Bobby como o salvador de todos os problemas que o país enfrentava, a solução de tudo para todos!
Ao meu ver, ele acerta ao mostrar a tragédia do ponto de vista de outros personagens daquela noite, o cozinheiro, o porteiro do hotel, a arrumadeira, a cabeleleira e etc. É o grande mérito do filme, e o que lhe ajuda no tom realista. Nós, como não conhecemos a história dos personagens americanos a fundo, ficamos com a impessão que o tal Bobby era um santo na Terra e isso incomoda um pouco, mas não compromete o filme.
e tivéssemos o cinema desenvolvido aqui como lá, poderíamos fazer um filme assim sobre Getúlio, Tancredo, Ulysses Guimarães e sei lá mais quem...
ZODÍACO - Foi uma tentativa de David Fincher de trazer pra gente um pouco do suspense que San Francisco viveu na década de 70 com este assassino serial, e altamente cerebral. Até hoje "não se sabe" quem foi o tal assassino, e este desfecho já conhecido estraga um pouco o mote do filme, que é a caça ao assassino por Jake "Brokeback Mountain" Gyllenhaal, Mark Ruffalo e Robert "Chales Chaplin" Dowley Jr. Este último, aliás ganha a tela quando aparece, é de uma precisão e tem um lado cômico muito forte. Ao saber como a história acaba, como disse, perde-se muito e também a lonnnngggaaaaaaaaaa duração (2h30) não ajudam... o filme passa então a ser enfadonho e cansativo.
TROPA DE ELITE - Este aqui vai ser difícil... tanta confusão tem se causado ao redor deste filme...e eu, particularmente, me envolvi em várias. Porque não encontrei 1 pessoa se quer, que concordasse comigo e a minha opinião sobre Tropa de Elite. Enfim, concordando ou não, é a minha opinião. vamos lá...
Saí do cinema (sim.., não vi o piratão) muito decepcionado com o que vi. Não pela violência, pelas cenas chocantes ou pela corrupção, mas simplesmente porque esperava muito mais. Para mim, ele ficou totalmente sob a sombra de Cidade de Deus e as inovações que este trouxe. Não consigo pensar um, sem lembrar do outro. E não vejo nada de bom nisso! Em alguns momentos, inclusive, o filme chega a constranger. A atuação daquele André Ramiro (Mathias) é vergonhosa... o cara tem o peito de dizer que foi o melhor colocado na sala de interpretação quando fazia testes pro filme.. imagine o pior aluno, então... O Baiano, suposto bandidão do morro, é fichinha (e bota fichinha nisso) ao lado do Zé Pequeno... Sem falar que ainda vejo um como visão contrária do outro, enquanto Cidade de Deus é o morro dos bandidos e a polícia subindo pra "acabar" com tudo, em Tropa de Elite é a polícia que invade o morro dos bandidões, simplesmente a visão invertida. É a minha opinião, ok?!
Mas o filme tem méritos.... Wagner Moura... que puta ator! Pra ele, bato palma de pé! Senão fosse seu trabalho, ficaria mais decepcionado com o filme ainda. Aliás o filme em si não é ruim, é bom, mas os fatores acima sobrepujaram qualquer manifestação diferente.
Sempre classifico filme para assistir e filmes para não assistir, e como não gostei deste deveria classificá-lo como não assistir, mas só de ter levantado MUITAS discussões e de ter dado vários tapas na cara de MUITA gente ele merece ser visto e revisto, sem duvida!
Mas...
HANNIBAL, A ORIGEM DO MAL - Pois bem, o primeiro é realmente demais O Silêncio dos Inocentes, depois veio Hannibal e Dragão Vermelho, que até são bons filmes, mas nada que ficou arquivado na minha cabeça por mais do que poucas horas. E agora este Hannibal, que conta a origem do personagem título, o porquê dele ser carnívoro e tal. As atuações são até que boas e convincentes, os desconhecidos dão conta do recado. O ator que faz o personagem-título, Gaspard Ulliel, é realmente muito bom. Ele chegou a desbancar Macauly Caukin e Hayden Christensen (o novo Darth Vader) pelo papel. Mas o filme em si, não cativa. Falta alguma coisa. A sensação é que falta alguma coisa... alguma coisa que Hannibal Lecter, definitivamente, merecia... alguma coisa, melhor.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

À PROVA DE MORTE - Este filme nem saiu ainda no Brasil, mas não podia deixar de assistir, mesmo sendo o pirata, a mais nova obra do meu diretor preferido. Sempre motivado a fazer peças cheio de referências e homenagens, aqui Tarantino até passa dos limites, nunca ele havia feito tanto isso em qualquer outra etapa da carreira, usando inclusive a si próprio nestas referências.
Death Proof é feito por diversão e para diversão. Tanto dele como nossa. Nota-se desde o começo. Ele conta aqui a história de um assassino que usa sua máquina como arma para perseguir garotas "indefesas", o que se vê é um festival de perseguições em Dodges envenenados, estradas abandonadas, diálogos únicos (mas não os seus melhores) e elementos cult, MUITOS elementos cult.
Tem Kurt Russell, uma das coisas mais trashs que o cinema da década de 80 produziu. Além de uma série de novatos e novatas, que tiraram a sorte grande. Muitos dizem, inclusive eu, que este não é o melhor do Tarantino, mas quem disse que precisa ser o melhor para divertir!?
A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA - 0 3º filme que Johnny Depp e Tim Burton fazem juntos, depois viriam ainda mais 2. Em 1999, o diretor resolve contar uma famosa lenda americana sobre um cavaleiro sem cabeça que corte cabeças atrás dos seus assassinos. E o faz com um estilo que só ele poderia ter dado.
Sempre ví o cinema de Tim muito detalhista e meticuloso, uma qualidade muitas vezes difíceis de encontrar. A reconstrução de uma vila de época, suja, abandonada, escura e tomada sempre por neblina é fantástica! A fotografia é muito rica! e o Cavaleiro-título é um show a parte. Foram 3 indicações ao Oscar e uma estatueta, direção de arte.
Mas não poderia passar pelo filme sem falar de Johnny Depp. É impressionante como ele leva os filmes com tanta qualidade, como é bom ator. Já salvou alguns longas (Era Uma Vez no México), roubou total atenção em outros (Piratas do Caribe) e neste aqui ele consegue isso e mais um pouco... e olha que não está em seu melhor... a parceria Burton-Depp tem que render mais filmes. Um nasceu para dirigir filmes com o outro, que nasceu para atuar nos filmes do primeiro... é química pura!
OS SIMPSONS - Não sei não... acho que o Homer até que não é tão burro assim.. logo de cara ele solta esta bomba: "porque estou pagando para assistir uma coisa que eu tenho de graça toida semana em casa?!"... pois é bem isso que fica na cabeça a cada momento deste filme.. acho que até alugar já seria gastar uma grana alta...
Não que o filme seja ruim, não é isso... mas convenhamos, um longa-metragem tira todo o encanto do que estamos acostumados a ver em casa. E não é perseguição com os Simpsons, acho que o mesmo aconteceria com uma versão pras telonas do Chaves ou Pica-Pau ou Seinfield.. sei lá, grande parte da graça é justamente saber que não duram mais do que 8, 16 ou 28 minutos... jogá-los para 1 hora e 40 é outra história...
o longa tem os seus momentos, mas acredite, qualquer episódio da série é bem mais divertido... Menos é mais!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

MOULIN ROUGE - um grande amigo meu, aliás ele vai ficar feliz quando ler isto, diz que em cinema releitura é tudo! e ele até tem razão, e talvez seja de releitura que eu preciso com relação a este filme aqui... Tenho muitos problemas com relação a musicais, que geralmente me irritam, a história pára pros caras começarem a cantar... no começo é divertido, depois fica legal, acaba ficando chato e no final insuportável! o mérito aqui é usar músicas conhecidas do grande público para contar uma história de amor entre dois personagens, que não deveria acontecer, e uma iminente tragédia, que está para acontecer...
O ponto positivo talvez seja a beleza da fotografia que montada sobre um cenário e figurino de uma cor exuberante deixam o clima ameno e propício para diversão... nem Ewan McGregor salvou aqui...
ADRENALINA - você gosta do Kubrick? Woody Allen? Al Pacino? Robert De Niro? enfim dos gênios? ótimo... são realmente figuras essencias... mas e dos toscos? de quem você gosta? Charles Bronson? Van Damme? Chuck Norris? .... pois é eu gosto do Jason Statham... aquele careca do Snatch, do Carga Explosiva e tal... não há explicação gosto dos filmes dele... Adrenalina é porradão do começo ao fim, altíssima velocidade, tiros, pancadaria e uma edição muito bacana... uma das melhores que vi ultimamente.
O cara acorda, tem um DVD ao seu lado e ele descobre que foi injetado por uma substância que o vai matar se ele não manter alta a adrenalina do corpo.. por isso ele precisa bater, correr, dirigir rápido, atropelar, transar, dar tiro... não é demais?! No final a trama chega a um ponto em que fica perto de estragar toda a experiência da 1 hora e meia anterior, mas graças ao Deus dos filmes podres e trashs, isso não aconteceu e o filme acabou do melhor jeito possível... este vou ter que comprar... meu Deus!
CALMA! não vou jogar fora meus Woddy Allens, Tarantinos, Lynchs, Kubricks e tudo mais....
MOTOQUEIRO FANTASMA - Pois é... o que dizer? Nicolas Cage sempre foi fã das HQs e por isso encarnou o personagem. para salvar o pai do câncer Nic vende a alma pro diabo e vira o personagem-título que caça almas pro demônio. Mas... enfim você vai ter que assistir...
Sabe que é até legal... mas fica aquele gosto estranho, sabe?! você chega na pizzaria e, pra mudar um pouco, você pede Margherita com Catupiry... mas acaba ficando aquele pensamento "se eu tivesse pedido mussarela não teria me arrependido"... entende?
A escolha dos caras aqui poderia ser por um filme dark, demoníaco até, na linha de Batman Begins, mas optaram pelo cinemão-pipoca para vender... e aí falharam... feio... aliás tão feio quanto o penteado do Cage... meu Deus...
PODEROSO CHEFÃO III - Em 1990, Coppola resolveu finalizar a saga da família Corleone. Johnny (Pacino) tenta limpar op nome da família e encaminhar seu casal de filhos por caminhos limpos de ganhar a vida. Mas eis que um primo distante, Andy Garcia, aparece e ameaça botar tudo a perder. Garcia, por sinal, é perfeito para papel de mafioso.. até hoje ele usa nos filmes as mesmas roupas, o mesmo cabelo, o mesmo falar, o mesmo andar, o mesmo tudo! ele nasceu pra isso!
Justamente a grande virtude dos primeros filmes, as interpretações, parecem trair a obra, mas na figura de uma (péssima) atriz, que não conduziu como deveria seu personagem. Ele não tinha a força que pedia. foi justamente Sofia Coppola, filha do diretor... que anos mais tarde decidiu abandonar a carreira de atriz e resolveu sentar na cadeira da direção... sábia garota!
Mas isso não pode impedí-lo (la) de assistir este filme... é preciso concluir a saga e a cena da escadaria, na saída da ópera com Pacino, Sofia e Diane Keaton é fantástica... viva Pacino!!
PODEROSO CHEFÃO II - Falei em perfeição no tópico anterior, pois bem esta é a definição deste aqui e por acrescer um nome que "faz" literalmente o filme, Al Pacino. Aqui o filme só não é inteiro dele, porque Robert De Niro, como o jovem Vito Corleone, também está igualmente fantástico! Nesta segunda parte, Johnny (Pacino) se casa e arruma outros problemas para a família que começa a sofrer com más influências e perseguições por outras famílias, já que agora o Vito Corleone não está mais no comando. É interessante como o trabalho de Pacino fica tão evidente, principalmente nas cenas em que ele se exauta, quando deicxa claro que não é preciso grityar para ter respeito, ou para mostrar quem manda... isso é difícil e ele tira de letra, aula de interpretação... que beleza, que beleza de filme!!
PODEROSO CHEFÃO - Demorei muito pra ver.. muito mesmo. É impressionante como existem filmes que estão muito, mas muito, muito a frente de tantos outros e sob tantos aspectos. Um show de iterpretações, de direção, de iluminação (aliás concebida exclusivamente para este filme, antes não existia a iluminação de cima para baixo, o que dá aquele ar sóbrio e frio), e de tudo mais. e Marlon Brando rouba a cena, apesar do elenco estelar que conta ainda com Diane Keaton, Talia Shire (a eterna esposa do Rocky), Al Pacino, James Caan e muitos outros...
A história conta as desventuras de uma grande família envolvida em negócios "sujos" e que se mantém graças ao patriarca, um homem sensível, de bom coração porém impiedoso quando necessário. não há palavras... só não é perfeito, porque esta definição cabe ao segundo da trilogia.
FOME ANIMAL - É muito trash! demais! um filme de 1992, neo-zelandês, do Peter Jackson, que conta a história de um animal selvagem que é trazido pro zoológico, morde pessoas e espalha um vírus que os transforma em zumbis. muito engraçado! e é tão bom, justamente por não se levar a sério, o viés aqui não é o terror e sim o humor, principalmente o escatológico. O banho de sangue em algumas partes pode incomodar, mas faz parte da dança. e não há como dançar com esta música! Cenas impagáveis, diálogos engraçados... e muito mais. PS: a cena do jantar com os 4 zumbis é demais! imperdível para escracho total de todos! estava a venda por menos de 10 conto em banca de jornal... compre!!
A CASA DOS 1000 CORPOS - Este é o 1º longa-metragem de Rob Zombie e há que ser respéitado. tanto o filme como Rob. A história se passa na década de 70, onde alguns jovens visitam uma loja de bizarrices de circo afastada da cidade e se envolvem com o dono desta e por consequência com outros personagens igualmente "estranhos". Vale a pena assistir para acompanhar o crescimento de um cineasta com amor por um tipo de cinema banalizado atualmente, o de terror.
O seu segundo longa, que já falei muito aqui no blog Rejeitados pelo Diabo, trata mais profundamente 3 personagens que aqui neste filme ficam superficiais devido ao número alto de personagens. Um erro, que complica um pouco o andamento do filme. Este primeiro é bom, mas o segundo é que o clássico de Rob!

domingo, 30 de setembro de 2007

VÉSPERAS - Mas não é só de coisa ruim que se formou a Mostra Internacional de Cinema Latinoamericano. Este filme argentino foi uma grata surpresa para apagar a péssima impressão do Inverno de Gunter. Aqui a história é de uma mulher que vai ao médico na sexta-feira e vai saber o resultado de um sério exame na segunda. Seu final de semana é tomado pela ansiedade e preocupação daquele resultado.
Os detalhes, os silêncios e as sutilezas fazem parte deste filme. É latente para quem puder assistir a influência do cinema de Michael Haneke, no que diz respeito à quebra com o cinemão e a falta de trilha sonora. Resultado: uma obra crua, porém verdadeira e que deixa a gente com uma inveja (branca) do cinema dos "hermanos" que está se mostrando muito melhor que o nosso.
O INVERNO DE GUNTER - 3 pessoas planejam a morte do pai de dois deles para arrematar a herança. mas o filme tem duas horas e esta história se resolve nos primeiros 20 minutos!? e depois? você pergunta... nada! não assita, por favor! aliás duvido que vc encontre isso pra assistir em algum lugar;... assisti naquela mostra de cinema lantino-americano... meu Deus! nunca me arrependi tanto de ter assistido um filme... nem foto isto aqui merece...

sábado, 29 de setembro de 2007

CRIME DELICADO - Assistí este filme na última Mostra Internacional de Cinema Latino Americano, só porque era de graça e ou confessar que se não fosse esta mostra eu jamais alugaria. Mesmo porque a sinopse do filme não me atrai. Mas no final das contas até que é um bom filme!
O que fica claro é a tendência do Beto Brant em fazer um filme que rompe com o cinemão.. pelo menos em alguns momentos. Quando ele mistura esquetes de peças teatrais com a história ou na sequência em que mostra por longos minutos a pintura de um quadro, aliás bela sequência.
A história é a seguinte: um crítico teatral se apaixona por uma iniciante a modelo que é, segundo o crítico, abusada por um experiente pintor. A crua história se desenvolve sobre isso...
Se vc for assistir repare na sequência final. É a prova de que palavras são desnecessárias para se dizer muito!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

NINGUÉM PODE SABER - Triste filme japonês. Conta a história (acho que, real) de uma mãe e seus 4 filhos que encontram um lugar para morar, escondendo as crianças em malas. Mas certo dia, ela encontra um cara, vai atrás dele e não volta mais, deixando os filhos à sorte e sob os cuidados do mais velho, de apenas 12 anos.
A história passa a se arrastar um pouco na parte final, quando muitos meses se passam e quando tudo está muito ruim, fica ainda pior. o que impressiona é a qualidade do cinema asiático, a delicadeza de detalhes, os silêncios que dizem tudo... são os principais atrativos deste triste filme.
FUGA DE NOVA YORK - decepção. é muito anos 80! mas não de uma forma boa.. sei lá.
Nova York está cercada por paredes, virou uma prisão. Quando o presidente fica preso lá dentro, Kurt Russell é enviado para regastá-lo... e dá-lhe caretas, e faces e tiros pra segurar a história... que até tem um tom meio cult, mas não consegue se segurar.
Sou fã de Kurt, 5 anos depois deste filme ele fez Aventureiros do Bairro Proibido, que adoro! mas neste Fuga de NY não rolou uma química boa com a história. fraco.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

PECADOS ÍNTIMOS - É um filme minimalista e intimista. Escancara (à là Beleza Americana) os nossos pequenos segredos, prova que não somos só o que somos, nem o que mostramos ser (entendeu?!). O nome original do longa é Little Child, por provar que no fundo, os personagens do filme nada passam ser do que simples crianças em busca de afirmação, e certeza na vida. Os problemas ficam mais complexos com o passar dos anos, mas na realidade as dúvidas e incertezas são as mesmas (ou pelo menos vêm do mesmo motivo) das dúvidas e incertezas de que quando éramos crianças.
É um filme realmente muito bom, mas ele não chegou a realmente ficar na minha cabeça como um filme marcante. Se vc estiver na locadora procurando algo e não tiver nada para ver, alugue este, você pode gostar. Mas se vc encontrar aquela comédia ou animação que quiser ver há anos não exite em pegar ao invés desse...
O MATADOR - mais um filme da linha de "matador em conflito". Um cara (Pierce Brosnan) só sabe matar pessoas há 20 anos, ele não tem amigos, nem relacionamentos. Aí, ele conhece outro cara (o sempre bom Greg Kinnear) e tenta começar uma amizade. Está feito o cenário.
O mais engraçado é como o matador tenta levar uma vida normal, convivendo com seu passado assassino. fica muito engraçado! e o Pierce Brosnan tem aquela cara de tédio. Richard Shepard parece saber conduzir uma comédia, a trilha leve e ritmada acompanha as cenas e ajuda na graça da situação.
É uma comédia leve e sem compromisso, mas assista! não vai ser grana jogada fora.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

CORAÇÃO SELVAGEM - os filmes do David Lynch não são fáceis, aliás são muito difíceis! misturam realidade e ilusão, o real com o irreal, faz pensar... eu adoro!
Mas se vc nunca viu um filme dele, não comece a conhecê-lo por este filme. Coração Selvagem conta a história de um casal muito apaixonado (Nicolas Cage e Laura Dern) que foge da pressão da mãe dela para que não se case. Depois descobre-se que a velha e o rapaz tem uma séria dívida não resolvida no passado.
Na verdade o filme diverte e incomoda (que são as dua palavras que na minha opinião, definem as obras de Lynch), mas não é seu melhor (não mesmo!).

quarta-feira, 25 de julho de 2007

ROCKY V - Aiaiai... não é tão ruim como o Rocky IV, mas é uma bomba também. Aqui Rocky deixa o filho (com uns 12 anos) de lado e passa a treinar um brigão de rua, pretenso novo campeão dos ringues. Mas este moleque novo tem um gênio horrível e acaba trocando Rocky por um ganancioso empresário. No final a grande luta acontece na rua mesmo e Rocky dá um pau no moleque e quebra a cara do empresário, claramente inspirado no Don King. Mas, aí você me pergunta: "porque é tão ruim?" Porquê inventaram (e acredito que tenha sido o próprio Sly) de fazer o Rocky com um gingado todo hap com um chapeuzinho (que ele já usava no 1º filme) e aquela gíria de subúrbio... até a trilha clássica mudaram para uma batida mais hap... horrível! Estragaram a essência do personagem... e Rocky é (ou pelo menos era) todo essência...

ROCKY VI - Rocky vai pra Rússia onde, defende o capitalismo (?!) contra um lutador comunista (?!), vivido pelo Dolph Lundgren. É uma premissa ridícula que gerou, obviamente, um filme ridículo...
é uma pena, mas foi isso. e só isso.
ROCKY III - O DESAFIO SUPREMO - Mister T, Hulk Hoogan, Sly... Grandes personalidades (trashs) dos anos 80 reunidas em um mesmo filme! O que mais chama a atenção é a índole do personagem-título, que ainda continua intacta. Carismático como sempre. A luta exibição contra o Hulk é muito engraçada e depois contra o Mister T é demais, a morte de Mickey mantem o dramalhão, mas o filme pede isso, na medida em que conforme existam as sequências novos desafios também precisam ser criados. Na minha opinião, este é o melhor filme da (até gora) sextologia, disparado! Mas também marca a queda da personagem, que daqui pra frente não consegue se melhorar ou sequer igualar os primeiros filmes.
* O clipe inicial na abertura do filme é ótimo!! .... mas o treinamento que o Apollo e o Rocky fazem na praia é meio (muito) gay...

terça-feira, 10 de julho de 2007

WARRIORS, OS SELVAGENS DA NOITE - o que dizer?! é demais!! nunca tinha visto, até jogar no PS2 na casa de uns amigos e ficar curioso para assistir o filme, e acabamos alugando e, para minha surpresa, me vi assistindo uma das produções mais fracas, toscas, "hermes-e-renatianas" da história. E isso deixa o filme ótimo!! É tudo tosco, um filme que rola na madrugada do Bronx, que reúne as principais gangues (inclusive uma de jogadores de beisebol de cara pintada que ninguém sabe porque pintam a cara; outra de mímicos que não sabem para que têm uma gangue; outra de uns caras de coletivos roxos e chapéuzinhos de côco muito stiles), no final dos anos 70 início dos anos 80 (o filme consegue reunir a aura glam dos anos 70 com a batida RPM dos anos 80). meu Deus o filme parece ter uns 200 anos!!! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA VER!!!
NEM TUDO É O QUE PARECE - A estréia do produtor de Guy Ritchie na direção, Matthew Vaughan, é ótima! Mas se percebe logo nos minutos iniciais que Vaughan não segue a linha de humor adotado por Ritchie em Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch. Aqui o negócio é mais violento, cruel. o roteiro em si é mais privilegiado. A história segue à linha dos Infiltrados, em que todos têm o rabo preso com alguém, ninguém é 100% bonzinho ou maldoso. Trata-se da máfia inglesa e seus joguinhos com as drogas, onde a vida vale menos que nada. Não posso me aprofundar na história senão entrego detalhes, mas é um ótimo filme que merece ser visto...... mas prefiro a linha humorística de Ritchie... não do cantor!
TRANSAMERICA - A idéia é ótima, um (quase) road movie em que um pai (transexual) viaja com seu filho (que não sabe estar ao lado de seu pai) e se desobrem ao longo do percurso. As atuações são realmente muito boas, embora ache que o papel principal, Felicity Huffman, não foi assim tão bem interpretado, olhando bem a atriz até que não mudou tanto assim para interpretar um transexual... O filme é raso demais, sobre um assunto que necessita de profundidade, e esse é o pecado maior! Faltou alguma coisa e isso compromete o filme...vai ver não fosse um estreante no comando (Duncan Tucker), as coisas seriam diferentes...
LETRA E MÚSICA - Vou confessar.. quando a minha "pequena" pegou este filme na locadora eu disse "putz lá vem mais uma comediazinha besta"... e estava certo, mas este filme tem um diferencial importante: a história não gira ao redor de um romance e, acima de tudo, tem Hugh Grant... Não tem jeito, o filme é dele!! me desculpe Drew Barrymore... Ele é um cantor pop dos anos 80 decadente que é ajudado pela Drew para escrever uma nova música... o britânico tem umas tiradas ótimas, como "pode cantar mais alto? o som precisa ser audível ao ouvido humano!", e ainda "não foge do microfone ele não vai até você", e várias outras ótimas que deixa o filme fácil de se comprar... sem falar no clipe "oitentista" da tal banda Pop que é bem divertido.. alugue e cante, a música não vai sair da sua cabeça.. êta chiclete!!!
O GRANDE TRUQUE - São dois aprendizes de um famoso mágico no início do século passado que acabam entrando em conflito e seguindo caminhos diferentes, cultivando um "duelo" sobre quem faz melhor truque, quem impressona mais a platéia. É bom de se observar Hugh Jackman (Wolverine) e Christian Bale (Batman) atuando muito bem, principalmente Bale que parece perfeito para o papel de uma pessoa intimidadora, mas ao mesmo tempo humano. Não leve em consideração Scarlett Johansson que mais uma vez, nem fede nem cheira... Um filme cheio de reviravoltas, um cinema muito bem feito...
RICKY BOBBY - À TODA VELOCIDADE - É uma pena que o Will Ferrel seja só bem conhecido lá fora (entende-se EUA), porque ele é um puta comediante de mão cheia. Ele consegue ser sarcástico e tirar riso das coisas mais banais, não fazendo caretas e contorcionismos, como Jim Carrey (leia-se Jerry Lewis), ou mesmo humor inteligente como os britânicos, mas sendo simplesmente o que ele é, normal, como qualquer um. É aí que está a sua graça. Neste filme ele faz um piloto de Nascar muito confiante e arrogante que passa por muitas situações cômicas sem perder a pose. Assistam este filme, se você já conhece Will Ferrel e gosta dele, vai rir bastante, mas se não conhece é uma oportunidade e tanto!
OBS: Sabe qual foi a principal forma de divulgação deste filme?! os caras do estúdio penduraram uma frase escrita "APENAS 6 PALAVRAS: WILL FERRELL COMO PILOTO DA NASCAR."
O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS - Why Jack Black? Why?! Acho que nem ele sabe o que está fazendo neste filme... porquê e para quê!?!? Uma comediazinha romântica rasteira para animar solteironas e lhes dar esperança de que algo bom ainda pode acontecer... uma bobagem sem tamanho. E ainda tem a Cameron Diaz, que é tão boa comediante quanto eu físico quântico.... "faisfavor, né?!" Pelo menos tem a Kate Winslet que calou minha boca quando disse ser uma péssima atriz.. ela é boa fazendo drama ou comédia... isso tenho que reconhecer. Me nego a dizer algo mais sobre o filme apenas fica a pergunta: why Jack Black?!?!? why?!?!??!?!?!?!?!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

ROCKY II - A REVANCHE - O Sly assumiu de vez a direção e o roteiro no Rocky II, em vista do sucesso do primeiro. Em 1979 saiu este segundo, que para muitos iguala-se ao clássico Rocky - Um Lutador, de 1976.
Na minha opinião, este segundo nada mais é que um refilmagem do primeiro, mas com os dramas mais profundos, a questão dele estar ficando cego, o coma da esposa e a gravidez, e os problemas com o sucesso repentino. Mas isso não quer dizer que seja ruim.
Destaque para o drama carregado de emoção, em que a desesperança consome o personagem dele e a tristeza pelo futuro incerto, consome o dela.
Vale pelo Sly e seu personagem. E a história que ambos têm no cinema.

O HOMEM DUPLO - Este "estilo" criado pelo Richard Linklater, de desenhar sobre a imagem, cria um ambiente meio de sonho, meio alucinógeno, meio... estranho. E para uma história sobre um futuro próximo e decadente, onde as drogas são comuns e o governo controla tudo e todos de forma a criar um ambiente "seguro", combina mais ainda.

Vou confessar que em certo momento rola um cansaço, pois a imagem está em constante movimento e cansa um pouco os olhos, e o filme parece meio longo por conta disso, mas jamais se perde o interesse pela história.

Será que este "efeito" na telona do cinema fica bom (porque amplia a força das cores) ou fica ruim (já que o desenho gigante fica muito movimentado)?

sábado, 16 de junho de 2007


MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO - Aqui são duas histórias paralelas, uma "real" e outra "fictícia". A primeira conta a história de um colapso de criatividade que uma escritora de livros sofre, ela não consegue mais definir o que fazer com seus personagens, como sguir suas vidas ou como matá-los. E a outa história acompanha o drama do personagem do livro da escritora ao descobrir que não passa de um personagem de um livro.

É divertido acompanhar este drama, que as vezes passa ser engraçado, devido a ser algo tão único, nada usual.

Além de ser uma aula para qualquer um assistir a uma interpretação de Dustin Hoffman, que faz um professor de literatura que tenta ajudar o personagem e depois a escritora..

nota-se aí uma mescla do que ora é real e do ora é fictício, se confundindo... isso é muito legal, e muito bem feito.


PLANETA TERROR - Não sei bem se é opinião de quem realmente gosta do Rodriguez, mas este filme é demais! Tem aquela aura de filme B quase C, e é exagerado, sanguinolento ao extremo, e divertido. Muito divertido!

Tem algumas situações que causam aquele incômodo, como uma sequência do Tarantino (que eu não posso contar o que acontece), e com o menino dentro do carro (que aliás é filho do Robert Rodriguez), mas na verdade o esquema aqui é se divertir.

Cada zumbi explode e espirra tanto sangue que chega a ser engraçado, como uma bexiga cheia de tinta vermelha.

Mas também não dá para esperar nada além de pura diversão quando se vê o cartaz com uma mulher com uma metranca no lugar da perna, não é mesmo?!

quinta-feira, 31 de maio de 2007

AEON FLUX - É engraçado, mas eu nutro uma coisa especial com relação a estes filmes futuristas, meio experimentais, e tal. Eu curto, sabiam?
A história aqui se passam em 2417, quando 99% da população mundial foi morta devido a um vírus X. Aí, o cara que descobre a cura vira rei e domina tudo por várias gerações, mas em determinado momento a vida vira supercontrolada. Obviamente surgem os justiceiros para acabar com este domínio. E a história segue por aí...
Tem algumas cenas completamente surreais, o que me chama muito a atenção, como na Cela, e me faz gostar mais ainda do filme. E acho que é só por isso mesmo...

terça-feira, 29 de maio de 2007


CÓDIGO DESCONHECIDO - É difícil, é complicado como todo filme do Haneke.
Nada é fácil, algumas cenas parecem longas demais além do necessário, outras parecem não ter relevância. Haneke gosta de um cinema fora do padrão, do usual. Sua cinematografia é única e relevante à sua forma..
Os nuances aparecem aos poucos tanto quanto as resoluções que nunca são claras. Não é para assistir com pipoquinha e cobertor, é algo mais complexo que isso. E tem a Juliette Binoche que fica mais bonita conforme fica mais velha!

terça-feira, 15 de maio de 2007

OBRIGADO POR FUMAR - Escolha ideal para este filme o ator Aaron Eckhart. Como a gente não conhece muito bem outros papéis que ele tenha feito, a gente assiste o filme e é levado por ele sem nenhuma carga (o que não acnteceria se o filme fosse protagonizado por Nicolas Cage ou Tom Hanks por exemplo...) E sem dúvida, ele é o dono do filme! Ele consegue balancear uma frase extremamente pesada e sacana com um olhar e uma pose serena, como se não estivesse dizendo (ou fazendo) enhum absurdo. O humor do filme é muito sutil, a gente acaba amando odiar o personagem principal, e a cara-de-pau dele e de seus amigos "mercadores da morte".