domingo, 29 de junho de 2008

TRÊS VEZES AMOR - Foi em uma despretensiosa sessão que levei minha K para assistir esta pequena obra.
A história é simples: um mulherengo convicto (Ryan Reynolds) que passou a vida enroscado com 3 belas mulheres (Elizabeth Banks, Rachel Weisz e Isla Fisher) é perguntado certa noite, pela filha, a lindinha Abigail Breslin, de Pequena Miss Sunshine, qual delas seria a sua verdadeira mãe. O pai então, decide contá-la toda a história até que a menina descobrisse a resposta por conta própria.
O filme é bonitinho e tal, mas aposta nos altos closes na pequena atriz, que daqui a poucos anos já não será mais a fofinha menina que conquistou todo mundo com Sunshine. Fora isso não tem muito o que se dizer, apenas uma série de clichês que até emocionam os desavisados, mas nada que fique na cabeça por muito tempo.
É para ver abraçado com pipoca quentinha.
CHUMBO GROSSO - Mais uma comédia, paródia, da dupla Simon Pegg e (do produtor e diretor) Edgar Wright. Agora o tema são os filmes policiais de parceiro.
Pegg vive um policial exemplar em Londres, tão competente que rapidamente sobe na carreira mas é passado para trás pelos seus superiores e é mandado para uma pequena cidade chamada Sandford, no meio do nada. E lá ele se junta ao seu parceiro atrapalhado (quem mais senão o bonachão Nick Frost) e juntos tentam resolver os problemas na cidade. Aos poucos eles descobrem uma séria gama de ligações que faz a pequena cidade não ser mais tão inofensiva assim... em alguns momentos lembra A Comunidade.
Todo Mundo Quase Morto, o primeiro filme que lançou a dupla é uma paródia dos filmes de zumbis e é extremamente engraçado, um humor escrachado e com conteúdo. Aqui com Chumbo Grosso a graça existe mas em momentos mais espassados. O grande trunfo do filme é a dupla protagonista, que tem ótima química.
Se você não assistiu nenhum dos dois comece pelo Todo Mundo Quase Morto para conhecer do que a dupla Pegg e Wright é capaz.
HAIRSPRAY - EM BUSCA DA FAMA - Eu odeio musicais! É bom que se comece essa resenha assim, quem não me conhece já sabe... ok, dou o braço a torcer em alguns casos como Grease, Across the Universe, Os Irmãos Cara-de-Pau e mais um ou outro...
Aqui o grande atrativo, inclusive do próprio cartaz do filme é John Travolta como uma "enorme" senhora, mãe da personagem principal, a estreante e simpática Nikki Blonsky. E logo de cara o filme ostra a que veio com uma interminável canção que a tal menina canta no caminho pra escola... meu Deus..
As participações são o grande trunfo do filme, o maridão de Travolta vivido pelo eterno-weird Cristopher Walken, a vilã da trama é Michelle Pfeiffer, ainda tem Zac "High School Musical" Efron pra delírio das menininhas e a cativante Amanda Bynes, que completa a equipe a lado de Queen Latifah.
Apesar das cores espalhafatosas, do clima de festa e do elenco muito bem escolhido a história é fraquinha e o pobre Travolta que aguentou sei lá quantos quilos naquele traje aparece poucas vezes e a tal gordinha Blonsky leva o filme com seu sorriso que prende.
Como a personagem principal e sua mãe, o filme não decola, muito ao contrário, sequer sai do chão.
A LENDA DE BEOWULF - Fiquei surpreso, porque na verdade não sabia que se tratava de uma animação... ops, você também não sabia?! foi mal... Mas tudo bem, isso não muda muita coisa...

A direção é de Robert Zemeckis, que utilizou a mesma técnica em O Expresso Polar, que consiste em grudar aquelas pintinhas nos atores para captar seus movimentos e o computador faz o resto... A história aqui é a seguinte... um herói medieval, que tenta salvar uma vila de uma mal terrível, nada muito diferente do que há tempos se faz... a grande vilã da história é "interpretada" por uma completamente nua Angelina Jolie. Ela, inclusive disse numa entrevista ter ficado surpresa em ter apenas dublado sua personagem e de repente se ver nua na telona... se o corpo da mocinha é realmente tudo aquilo, cabe apenas à ela e ao Sr. Pitt responder...

As semelhanças do filme com 300 são grandes, apesar de não utilizar nem mesmo o mesmo formato de cinema (um é animação o outro é totalmente chroma-movie), e garanto que a experiência com atores reais faz daquele filme muito melhor que este Beowulf, mas para aqueles momentos em que não se pretende grande coisa até que vale perder uns minutinhos...

domingo, 1 de junho de 2008

2 FILHOS DE FRANCISCO - Antes de qualquer coisa para que se entenda o que vou dizer sobre este filme aqui vão algumas palavrinhas sobre a minha conduta com relação à certas coisas: não tenho preconceitos com relação à nada, apenas com música... é mais forte do que eu! Por isso relutei tanto tempo para assistir este tal de 2 Filhos de Francisco. Mas acabei me enfiando em uma aposta idiota no trabalho e tive que assistí-lo.

O filme conta a história de 2 músicos de origem pobre do interior de Goiás, que buscam o sucesso à toda custa, "incentivados" por um pai que vê neles uma chance de dar um futuro melhor para toda a família. Quando eles começam a fazer sucesso na região, passam a viajar com um produtor musical e um dos meninos acaba morrendo em um acidente de carro. O outro só volta a pegar o gosto por cantar muitos anos depois, já grande, quando vai pra São Paulo e se junta à um outro itmão, muitos anos mais novo. Aí eles explodem quando lançam a música "É o Amor". E o filme acaba aí! O resto já se sabe...

O grande acerto do diretor Breno Silveira, é justamente concentrar mais da metade da história enquanto eles são pequenos, e se valer das ótimas interpretações de Ângelo Antônio e Dira Paes, como os pais das crianças. E é por esta escolha muito acertada que o filme decola e agrada.

Os cantores, na vida real, aparecem no finalzinho do filme, um pouco antes dos créditos finais, apresentando toda a família e a casa onde viviam em Goiás, além de um trecho de um show, onde a emoção aflora forte. Em determinado momento de uma das músicas, os pais aparecem "de surpresa" por trás deles, que começam a chorar e não conseguem completar a canção. Naquele momento Zezé di Camargo e Luciano voltam a ser Mirosmar e Weston, dois dos muitos filhos do Seu Francisco.

LADY VINGANÇA - Último filme da trilogia da vingança do diretor coreano Park Chan-Wook, antes deste ele já havia entregado Mr. Vingança (2002) e o excelente Old Boy (2003).
Aqui a história nos mostra uma presidiária que cumpre pena de 13 anos por assassinato, no lugar de seu namorado, o verdadeiro assassino. Lá na prisão descobre que o mesmo a está traindo, então ela, minunciosamente, traça um plano de vingança contra ele e começa a executá-lo depois de passado o período de rclusão.
É um filme realmente muito bom, com um visual que segue a linha traçada pelo diretor na trilogia, mas na minha opinião é inferior ao Old Boy, mais seminal e cru em diversos aspectos.
A interpretação da Lee Yeong-Ae é muito boa e o cartaz do filme é muito bonito. Se você não conhece a trilogia do diretor recomendo Old Boy antes deste Lady Vingança.

terça-feira, 27 de maio de 2008

NA NATUREZA SELVAGEM - Prefirí não ler nada sobre o filme, preferí deixar a surpresa me pegar desprevenido ao final da sessão e valeu a pena! Fique tranquilo não vou contar nada que possa estragar a sua sessão..
Este é o 4º longa dirigido por Sean Penn, e uma história como essa pede alguém extremamente sensível e ele se mostrou muito competente neste quesito.
A história real de Christopher McCandless, interpretado por Emile Hirsch (Speed Racer), é muito bonita e corajosa. Ele largou tudo o que tinha, casa, carro, mãe, pai e irmã, mais a bolsa da faculdade de mais de 20 mil dólares e todos os demais bens, que para ele eram supérfluos, e pôs o pé na estrada, a princípio sem destino e aos poucos foi tocando sua vida, de bico em bico, sem nunca dar sinal de vida aos seus desesperados pais. Até que achou um rumo, uma meta, chegar ao Alasca e viver como nos primórdios.
O filme é pontuado por momentos de reflexão, trechos do diário de Chris real e de livros que o inspiravam na jornada, fazendo muitas vezes que o questionamento caia sobre nós com o peso de um pedregulho.
Lindo filme, denso e o primeiro grande acerto de Penn na direção. Road movie de respeito!
ESCORREGANDO PARA A GLÓRIA - Comédia escrachada de humor pastelão, que presta às risadas descompromissadas, mas realmente por ser um palco tão comum aos dois atores principais Jon Heder (Napoleão Dinamite) e Will Ferrell (Ricky Bobby) se espera sempre mais. Os produtores afirmaram que cerca de 83% das falas do personagem de Ferrell foram improvisados por ele, e é realmente nestes momentos que o filme agrada.

A história nos mostra 2 excepcionais patinadores no gelo que devido às acirradas disputas, acabam brigando e banidos da categoria, mas voltam a disputar as olimpíadas do esporte como a 1ª dupla de patinadores do mesmo sexo.

A simpatia dos dois atores é o motor do filme, que assim como um carro à álcool frio demora pra pegar, às vezes dá umas falhinhas, mas acaba funcionando.

HALLOWEEN III - A NOITE DAS BRUXAS - O que é mais difícil é saber que John Carpenter assinou a produção desta bomba. Afinal de contas assina uma sequência (no caso o 3º da série Halloween) e simplesmente o personagem Michael Myers é ignorado, sequer sitado na história. Que triste, que porcaria.

Aqui uma empresa vende máscaras para halloween insere chips que no momento do halloween matarão quem as tiver usando e por consequência quem estiver no mesmo recinto (?). Com este pretexto o filme segue e não chega a lugar nenhum, que pena...

O pior é que a musiquinha da empresa fica na cabeça: "Two more days till halloween, halloween, halloween... two more days till halloween... Silver Shamrock..."

HALLOWEEN II - O PESADELO CONTINUA - Incrível! Não consigo me lembrar de uma continuação tão fiel à original. Esta parte II (3 anos após a parte I) começa 2 minutos antes do término da primeiro filme, utiliza dos mesmos planos de câmera do final do original e retoma a história daquele ponto.
É a mesma noite de halloween e Michael Myers, foragido, continua a praticar seus crimes. Jamie Lee Curtis continua atrás dele, após descobrir sua motivação.
O interessante é que no primeiro filme da série Pânico em determinado momento os personagens conversam que apenas quem fica nú ou faz sexo em filmes de terror são mortos. Em Halloween é exatamente isso que acontece, todo mundo que fica pelado morre e são mortos quase sempre "naquele momento" (!).
O Halloween II não é dirigo por John Carpenter, que agora fica apenas na produção, mas mantém a mesma trilha assustadora e não deixa a peteca cair.
HALLOWEEN - A NOITE DO TERROR - O final dos anos 70 (1978) foi chacoalhado com este terror juvenil (que na época não era tão comum como hoje), que assustou muita gente, principalmente nos EUA, onde o Halloween é um feriado nacional.

A história aqui é de um assassino, Michael Myers, que aproveita-se do feriadão onde todos estão trajados à carater e sai às ruas com sua máscara e sua faca promovendo uma carnificina sem tamanho. E como é de costume nos filmes do estilo, o personagem-assassino nunca... NUNCA morre.

Jamie Lee Curtis é a atriz principal e ganhou o papel por acaso, já que é filha de Janet Leigh, conhecida por gritar na cena do chuveiro em Psicose, de Hitchcock. Este é o 4º longa metragem de John Carpenter, que alémde roteirista também assina a marcante trilha sonora do personagem, que cria o clima perfeito para o banho de sangue que se assiste.

Rob Zombie refilmou a história em 2008.

NÃO ESTOU LÁ – A originalidade salvou muitas obras do ostracismo. Muitas delas não seriam o que são, caso não apresentassem novas formas ou estilo de contar uma história, como 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Matrix... Estes são exemplos de filmes que marcaram seu período e iniciaram uma nova era. Goste ou não.

Esta biografia bem pouco usual de um artista nada usual como Bob Dylan se adequa à esta categoria, mas eu fico no time dos que não gostou muito. O cantor/compositor é interpretado por 6 atores/atrizes exibindo (sem analisar) cada faceta dele. Os melhores Dylan foram Christian Bale (que fez o lado religioso do cantor quando ele passa a cantar folk gospel), Heath Ledger (a parte da carreira onde ele sofre assédio de papparazi, tem casos extra conjugais, separa-se da mulher) e Cate Blanchett (o ícone da música, o envolvimento com as drogas, a amizade com os Beatles).

No começo falei sobre os filmes que inauguram uma era. Não sei se é o caso aqui, mas este Não Estou Lá, dirigido com boa mão por Todd Haynes, vale a pena ser assistido só por tentar ser diferente de tudo o que já foi feito em termos, no caso, de cinebiografia. Não curti muito, mas este seu mérito é preciso ser reconhecido.

DUNA – Muito já havia sido feito antes, é verdade, mas não há como não concordar: A ficção científica espacial nasceu pra valer com Star Wars, em 1977, de George Lucas. Se a trama da família Skywalker tivesse naufragado nas bilheterias do mundo, como seriam "os grandes faroestes espaciais" dali em diante? Só Yoda saber deve...
Duna é a versão de David Lynch para uma futurística aventura espacial que conta a história de 4 planetas envolvidos em uma trama que mistura a família do bem, o imperador maldoso e um líquido vital para todos, só encontrado no planeta Duna, que é resguardado por criaturas de areia (assustadoras minhocas gigantes).
O protagonista vivido por Kyle Maclachlan (que também é protagonista de Veludo Azul, outro filme de Lynch), segue a linha de um Luke, mas com sérias restrições orçamentárias. Isso somado à bizarrice natural de David Lynch e um mixto de tecnologia futurista e retrô dos anos 80 (estilo Tron) entregam uma obra de caráter duvidoso, mas que criou uma legião de fãs. Experiência indigesta.
O QUE VOCÊ FARIA? – Grande filme da nova safra do cinema espanhol, este O Que Você Faria? é uma comédia de humor negro acerca da batalha de 8 executivos de meia-idade que se encontram em uma sala onde acontece o processo seletivo para uma vaga em uma grande empresa. Como em um reality show, cada um é eliminado até sobrar o (a) grande felizardo (a). Tudo o que fazem pela vaga, o que inventam e o que criam por ela não tem limites.
Quem não freqüenta grandes empresas ou não trabalha nas grandes metrópoles, acredita que as situações criadas pelo roteiro possam ser exageradas, mas o mais assustador é que não são.
Destaque para as reviravoltas de um roteiro muito bem escrito e amarrado, filmado em apenas 2 ambientes, de forma a segurar a atenção de quem assiste até o desfecho final.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O RINGUE – O mudo O Ringue é o 6º longa de Alfred Hitchcock e já exibe a cada quadro de sua exibição o quão genial este cineasta era. Afinal de contas é de contar nos dedos (talvez de uma mão apenas) os cineastas que souberam aproveitar a transição do cinema mudo para o falado com tanta maestria. Aqui, Hitchcock aproveita-se de trucagens "modernas" para o cinema do período para nos contar a história do triângulo amoroso entre um boxeador famoso, sua mulher e um ricaço em ascensão na vida.
Um filme como este levanta uma outra questão importante: o cineasta e o diretor de cinema. Duas figuras muito diferentes. Todo cineasta é diretor de cinema mas poucos diretores são cineastas. Hitchcock era sim, cineasta.
Apesar das limitações do roteiro (por vezes ingênuo), o longa é recheado de momentos inovadores, uma técnica refinada, além do forte tom de suspense, como só o mestre do gênero (alcunha que recebeu muitos anos depois) poderia proporcionar.

domingo, 18 de maio de 2008

O LOBISOMEM – Clássico do terror de 1941, este longa de George Waggner, que é um exemplar dos clássicos filmes do gênero, marcou época pelos avançados efeitos visuais e pela história, até então inédita no cinema. Aliás, não é lá muito difícil se imaginar a trama.
Ricaço volta à mansão do pai em cidade distante e ao ser “almadiçoado” por ciganos (entre eles o fantástico Bela Lugosi, que recriou tantas criaturas no cinema) se transforma no tal lobisomem nas noites de lua cheia e ataca as pessoas que passam pelo pântano sozinhas. É importante reviver estas obras e notar o principal medo das pessoas, o que elas temiam, e como este trabalho com o medo no cinema foi sendo aprimorado. Primeiro, o medo era do desconhecido que remetia diretamente das histórias dos antepassados (monstros, ETs), depois passou a se travar batalhas com o comum, o ordinário (como os comunistas, serial killers) e por fim a batalha que se enfrenta agora são as internas do próprio homem. O medo ficou mais próximo do real e menos fantástico. Essa discussão vai longe...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

ALIEN - O 8º PASSAGEIRO - Em 1979 nasceu um das séries de filmes de ficção científica/terror com maior número de fãs espalhados por todos os cantos do mundo. O Alien é cultuado como um dos grandes filmes da história do gênero e até hoje se vêm camisetas, jogos e bonecos tanto do bichão aí ao lado como da bela (pelo menos na época) Sigourney Weaver e sua Tenente Ripley (que também estava muito bela nos Caças-Fantasmas que faria alguns anos depois).
Aqui, 7 passageiros em uma nave espacial enfrentam a incômoda, digamos assim, situação de se encontrarem aprisionados naquele ambiente com um ser extraterrestre que nada sabem a respeito. Os passageiros vão morrendo um a um e o bichão sempre na espreita, aguardando o próximo ataque. O ambiente úmido e escuro favorece ao tal Alien e a trilha sonora favorece os sustos, sempre certos.
Há 3 sequências, Alien - O Restage, Alien 3 e Alien - A Ressureição. O diretor Ridley Scott, aqui em seu segundo filme, faria poucos anos depois Blade Runner e mais adiante Thelma e Louise e mais recentemente Gladiador e O Gângster.
O personagem Ripley de Weaver no roteiro era um homem, mas foi alterado por Scott que provocava mixar a força da personagem com a beleza e fragilidade de uma mulher. Ian Holm também pode ser visto como o padre ambicioso de O Quinto Elemento.
O filme é antigo, mas não envelheceu.
A MALDIÇÃO DA FLOR DOURADA - O diretor Zhang Yimou segue à risca a lição que aprendeu dos cineastas orientais, o cuidado com os detalhes faz o filme. E não há quem duvide, basta assistir sua cinegrafia para perceber isso. Dele também são os exclentes O Clã das Adagas Voadoras e Herói.
Aqui, a esposa do imperador vive um relação com um de seus filhos (enteados) e planeja com ele forçar a saída do imperador do trono, ao descobrir que o remédio que o mesmo lhe receita todos os dias está lhe prejudicando o raciocínio, ela está ficando louca.
Um dos principais personagens do filme são os cenários e os figurinos, que começaram a ser bordados cerca de 2 meses antes de rodar o filme, tanta dedicação rendeu uma indicação ao Oscar de melhor figurino.
Apesar disso este filme não segue a excelência dos outros dois supracitados. Nada pela história, assista este pela exuberante beleza.
SUPERBAD - É HOJE! - Quanta diferença entre este Superbad - É Hoje! e a bomba do Ligeiramente Grávidos. Aqui a linguagem é muito mais pesada (são ditas quase 200 vezes a palavra fuck), a temática também (sexo), além de ser nonsense até não poder mais (situações bizarras e tudo mais). Mas talvez a diferença desta para outras comédias adolescentes é a originalidade (!) do roteiro. Mas como um tema tão batido pode ser original?! O roteiro não segue o esquema de piadas de outros filminhos adolescentes rasteiros e os personagens aqui são muito bem resolvidos e a dupla principal (Jonah Hill e Michael Cera) são muito simpáticos ao público.
O filme é agradável e muito divertido, mas não pense em assistir com a família ou coisa assim, os temas não são leves. Confira!
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD - De tempos em tempos alguns gêneros que pareciam mortos e enterrados ressurgem com uma força impressionante. Algumas destas ondas, acabam trazendo ou reavivando gêneros que pareciam mortos e apagados e que acabam durando por um certo tempo (como o gênero dos épicos que voltou por causa do Sr. dos Anéis), outros que chegam a durar por uns 3 ou 4 filmes de médio sucesso (como os policiais que vem e vão) e outros que nem isso. A vez agora é dos faroestes.
O lendário Jesse James é vivido aqui por Brad Pitt, ele é o personagem central do filme, ocupa praticamente sozinho o cartaz do filme... mas não adianta a película inteira é a do (ótimo) Casey Affleck, que faz o tal do Robert Ford. Ele é o dono de todas as sequências em que aparece, o irmão do Ben realmente está muito bem.
Mas o filme em si não empolga, é tão longo e arrastado quanto o próprio título. Não curti a montagem do diretor Andrew Dominik, que experimenta aqui seu primeiro filme de médio-grande porte.
O faroeste não pode voltar à voga por causa de um filme como este, o gênero que já revelou John Wayne, Clint Eastwood, entre muitos outros, merece mais, muito mais.
ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ - O Oscar é uma premiação questionável, muito política e tendenciosa, isso ninguém nega, não é mesmo? E dificilmente a gente pode dizerque tal filme mereceu o Oscar porque para garantir isso a gente teria que ter assistiso a TODOS os concorrentes, não é mesmo?! Então, o máximo que sobra a nós é dizer que se concordarmos com a escolha, na medida em que achamos que tal ator foi bem, tal filme é bom e etc. Bem, esta volta toda serviu para eu dizer que concordei com a escolha deste filme dos Irmãos Coen na escolha da premiação.. ufa! Ele choca, provoca, contesta e nos deixa indignados. E o mais bacana é quando o filme faz isso cercado apenas de bom roteiro e grandes interpretações, como é o caso. Ou você acha que Josh Brolin não está perfeito como um pilantra sem medidas no meio do Texas? Ou mesmo não acha que Javier Bardem está fantástico como assassino sem motivo? Ou Tommy Lee com seu xerife cansado?

Grande filme, muito bem feito. Ok, tem um CGI dos veados no começo muito mal feito, os bichinho correndo não enganam ninguém, ainda mais hoje em dia com estes games que são mais reais que a realidade (gostaram?).

Fora isso é uma bela obra, com seus silêncios muito bem respeitados e um elenco que eleva o filme à um degrau muito alto. E termina da forma perfeita, para todos os personagens principais... cabe a nós juntar as peças...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

JUNO - Dois adolescentes acabam se vendo na situação de serem pais, a menina acaba de descobrir que está grávida. Ambos não sabem ao certo como reagir à aituação, o que fazer, o que falar e para quem falar. O pai dela aceita numa boa e a menina, obviamente não preparada para aquilo tudo, resolve doar para um casal bem de vinda que sonham em ser pais. Todos os problemas são postos às claras na mesa e no fim eles se resolvem e da maneira mais simples possível, como se acontecesse com a gente ou um amigo próximo. Esta é a história de Juno.

Os atores interpretam tão bem os personagens, que são muito bem escritos também, que parece não haver espaço para falhas. Não há o que não se gostar, ou com o quê não se identificar. O roteiro, não podia ser diferente, levou o Oscar, a venda de telefones de hamburguer, o mesmo da Juno, cresceram quase 200% nos EUA e o filme foi o primeiro da Fox a passar a marca de 100 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais (detalhe: o filme custou "só" 7,5 milhões).

Ellen Page pode ser vista também em Meninamá.com, Michael Cera (o pai precoce) é o bobão romântico do trio de Superbad - É Hoje e o pai dela J.K. Simmons, é o diretor do jornal onde trabalha o Homem-Aranha de Tobey Maguire.

É para sair do cinema de bem com a vida, de bem com quem se ama... de bem.

AS UVAS DA MORTE - Mais um produto da Sessão Comodoro, de Carlos Reichenbach. E o que dizer deste terror exploitation francês da década de 70? Bem... é um filme de Jean Rollin, um diretor que se especializou em obras de terror com nudez e sexo..

Este é de 1978 e se chama "Les Raisins de la mort" (The Grapes of Death ou As Uvas da Morte) e conta a história de uma cidade no interior da França cujos habitantes se transformam em zumbis com a contaminação do pesticipa utlizado nas plantações. Aí vira um pega pra capar, a bela mocinha fugindo de terríveis zumbis, criando situações agoniantes.

O principal personagem do filme é o cenário: um vilarejo escondido no meio das montanhas que passa o tempo todo sob forte névoa, combinada a uma trilha aterrorizante. É o principal trunfo da obra, dá vontade de ver os outros de Rollin.

OS DONOS DA NOITE - Depois de Johnny e June (um dos melhores filmes que já assisti na vida), Joaquin Phoenix assumiu um grau de importância muito alta. Na minha opinião, ele é, juntamente com Edward Norton, Ewan McGregor e Heath Ledger um dos grandes atores dessa geração. E não tem como negar que ele foi o principal atrativo para eu querer assistir a este Os Donos da Noite. O filme baseado em fatos reais, se passa no início dos anos 80 e mostra uma operação da polícia dos EUA chamada "We Own the Night" (o título original) que tinha como objetivo limpar as ruas das gangues e das máfias, neste caso a russa.
Phoenix é dono de uma boate que abriga boa parte da máfia, mas passa a ser pressionado por seu pai e seu irmão (policiais) para que este entregue a máfia e ao mesmo tempo é pressionado pelos amigos mafiosos que percebem a boate sendo tomada pelos tiras.
Trilha sonora bem anos 80, algumas cenas fortes e uma sequência de perseguição de carros muito bem feita, animam o filme que só não leva uma nota 10, que em alguns momentos lembra (e muito) Os Infiltrados, de Scorsese.
LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS - Bela bomba! Muito se falou a respeito deste filme e de outra comédia do mesmo diretor (Superbad - É Hoje, ambos de Judd Apatow) dizendo que salvaram as comédias de adolesente, levando este segmento a um novo nível, em que os espectadores não são tratados como meros idiotas, como na série American Pie, por exemplo. No Superbad até concordo, cuja principal inovação é justamente essa, é engraçado, inteligente e renova este tipo de filme, mas com Ligeiramente Grávidos, o resultado é bem inferior.
A história é sobre uma bela garota (Katherine Heigl) que em uma noite acaba engravidando de um sujeito (Seth Rogen) a princípio escroto, que só pensa em bebedeiras e mulheres nuas, e fica por isso mesmo. É isso e mais nada. O roteiro é até bem escrito e alguns personagens e momentos engraçados, mas não dá pra dizer que é um bom filme. Fuja dele e você não vai perder nada, acredite, a "salvação da comédia" é mais referente ao Superbad do que a este aqui.

segunda-feira, 31 de março de 2008

O ORFANATO - Sabe quando você assiste um filme cheio de clichês, cheio de coisas que você já tinha visto antes, mas mesmo assim se surpreende? Pois é, esta foi minha sensação ao sair do cinema depois de O Orfanato. Pegamos a sessão da 0h que tinha bem umas 15 pessoas, foi o meu primeiro filme de terror no cinema e saí simplesmente aterrorizado!!
A questão do "sentir medo" é algo muito pessoal, de repente a pessoa assisti clássicos como O Iluminado e não vê graça nenhuma e outras não conseguem assistir duas vezes devido a coisas horríveis que o filme remete. No caso, este filme do espanhol Juan Antonio Bayona, me deixou estremamente abalado simplesmente por envolver coisas que me incomodam bastante como espíritos, casarões antigos, escuridão, e crianças (fantasmas é claro). Realmente fiquei muito agoniado, mas não o tempo todo. No começo os clichês dominam boa parte do filme (a influência de Kubrick é claríssima), mas conforme a história passa e toma rumo próprio a situação fica bem... er.. nebulosa, digamos.
A mulher agora crescida volta ao casarão, onde antes funcionava o orfanato onde vivia e coisas estranhas começam a acontecer com seu filho. O filme conta com participações especiais de Geraldine Chaplin (filha dele) e Edgar Vivar, o eterno Sr. Barriga do Chavez.
Um filme de horror das antigas, com sustos garantidos. Eu não assisto de novo, mas recomendo.
SENHORES DO CRIME - Vejo muita semelhança nas histórias de Senhores do Crime e Marcas da Violência, os dois últimos de David Cronenberg. A temática, as cores e o ator Viggo Mortensen que se livrou de vez do estigma do seu Aragorn de O Sr. dos Anéis que vai perseguir seus atores ainda por um bom tempo, acredito.

Os fãs mais radicais dizem que Cronenberg traiu-se a se "vender" ao cinemão americano ao abandonar o seu estilo tão presente em filmes como Scanners - Sua Mente Pode Destruir, Gêmeos - Mórbida Semelhança, A Mosca, eXistenZ (o meu predileto), entre outros e se entregar a roteirinhos de começo, meio e fim com pé e cabeça. Mas não concordo com eles não. Na minha opinião são todos ótimos filmes de um cineasta que amadureceu.

Este filme trata da máfia russa e como ela usa sua influência para conseguir o que quer e do crescimento de um dos seus integrantes. O filme é bem mais que isso, mas um Cronenberg merece ser assistido e não contado.

CLOVERFIELD - O melhor filme do ano, o meu predileto até agora. É muito boa a sensação de sair do cinema com um pulga (mostruosa por sinal) atrás da orelha, não saber o que falar (ou ter tanta coisa pra falar que nem sabe por onde começar), enfim, é este tipo de sensação que Cloverfield deixou em mim depois da sessão. É perfeito, arrebatador e impiedoso, em vários sentidos. É claustrofóbico, agoniante e (perdoando o exagero) real, absolutamente real.
Através de uma câmera de mão (muito diferente de A Bruxa de Blair) um cidadão registra a destruição de Nova York. Só pela metade do filme se descobre o que está acontecendo, o que está aniquilando a população e a cidade o que estupidamente o ridículo título nacional entrega de bandeja (monstro). putz... Não há explicação de motivos, de onde veio e o que procura, a coisa simplesmente acontece. E a gente acompanha a tudo, de camarote.
O filme termina da forma como começa um mil ciclos + color bars e um texto que indica propriedade do governo dos EUA e bla-blá-blá e de repente a gente é jogado no meio do conteúdo do filme, cheio de peças, e aos poucos a gente forma o quebra-cabeça. Isto é obra de Matt Reeves, com produção de J.J. Abrams que está por trás também de Lost.
- No fim do trailer há uma transmissão de rádio com informações sobre o filme (PORQUE SAÍ ANTES DO FINAL DOS CRÉDITOS?!?!?!). Uma das mais famosas cenas do filme (a decaptação da Estátua da Liberdade) foi inspirada no pôster do filme A Fuga de Nova York, de 1981. Cloverfield é o nome da rua onde fica a produtora do longa. E os atores assinaram a participação no filme sem ler antes o roteiro, ou seja, foi surpresa total (até certo ponto, né?!)
É uma experiência intensa e até certo ponto perturbadora, quem não foi aos cinemas perdeu muito, mas em casa de repente o clima poderá ser recompensador. Assista já!
*** Mas no IMDB uma das notícias relacionadas ao filme diz o seguinte: Untitled J.J. Abrams Cloverfield Sequel, ou seja sequência de Cloverfield para 2009! aiaiai...
FOGO CONTRA FOGO - Porque tão longoooooo? E pra quê gastar milhões de dólares pra juntar dois astros de primeiríssima como Al Pacino e Robert De Niro em um mesmo filme para apenas dar 3 minutos (se tanto) de encontro? O grande momento do filme (ou os grandes momentos porque na verdade são 2) é o encontro destes monstros em cena, mas demora muito para acontecer e quando acontece é rápido, não dá nem gosto... isso frustrou tudo... Sou muito fã destes (bem como de Dustin Hoffman e Jack Nickolson - que está devendo um bom filme aliás), é maldade fazer o que o roteiro deste filme de Michael Mann (Miami Vice, Colateral) fez.

Na verdade a trama do filme pouco importa, alguns bandidos liderados por De Niro tentam se dar bem em uma cidade dominada pelos policiais de Pacino... é isso. O roteiro é fraco, a história é boba e o elenco muito mal aproveitado. É um filme antigo (1995) e mesmo assim não recomendo relembrar, você vai se decepcionar.

MATADORES DE VELHINHA - Já tinha até assistido alguns filmes dos irmãos Coen, mas este aqui confesso que assistí meio a contragosto, já que não é tão recente assim (2004), já passou na telinha e sei lá, não me chamou muito a atenção. Esta refilmagem de O Quinteto da Morte, de 1955, trata de um farsante experiente (Tom Hanks) que junta uma trupe (entre eles J.K. Simmons que pode ser visto atualmente como pai da Juno, no filme com o mesmo nome) e se instala no porão da casa de uma senhora de idade solitária a pretexto de ensaiar a banda (de igreja), mas na verdade o plano é abrir um buraco da casa dela que conduz a um cofre entupido de grana.
Pois bem, o humor negro domina todas as situações desde a morte dos integrantes até a postura da velhinha. As cores utilizadas e os cenários remetem àquelas histórias fantasiosas de décadas passadas que ao mesmo tempo possuem ingenuidade e algo de temeroso, sabe?
Este é o grande trunfo do filme, além de Tom Hanks que está ótimo com dentadura e um sotaque arrastado. Um filme divertido, mas só.

domingo, 2 de março de 2008

ROBÔS - Não há muito o que dizer... demorei pra assistir este filme, por causa daquela resistência que tenho com animações e desenhos e tal (sempre penso 2 vezes antes de gastar dinheiro com isso). Mas eis que a Tati, irmã da minha K, tinha uma cópia deste filme, aí peguei pra assistir. E me surpreendi.
Gostei bastante dos personagens, das sistuações e do mote da história (apesar de concordar que o roteiro é meio... fraquinho - talvez falte a genialidade da Pixar neste produto da Fox), que é o seguinte: um simpático robô viaja à cidade grande para trabalhar numa fábrica e realizar seu sonho de se tornar um grande inventor, mas ao chegar a fábrica está sob as ordens de um tirano, que pensa em eliminar todos os velhos robôs.
Na versão original os personagens principais são vividos por Halle Berry, Mel Brooks, etc. Nem vale comentar a ridícula dublagem nacional... o filme é bom mas está a tantos kilômetros-luz de distância da genialidade de Monstros S.A. quanto de existir uma sociedade de robôs...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

THE GREAT AMERICAN SNUFF MOVIE - Porcaria de um filme em 8mm que, pretensiosamente, imagina a história de tortura e morte de um famoso assassino americano, William Allen Grone. No final do filme é exibido um trecho da real de tortura e morte de uma garota pelo maníaco (encontrado pelo FBI), que captava as imagens de todo o processo, algo chamado de snuff movie. O diretor da história baseou-se nos 30 segundos finais para segurar as outras quase 2 horas anteriores e esse foi seu erro. Aliás um dos erros. Assistimos na Sessão Comodoro, comandada por Carlos Reichenbach, toda 1ª quarta-feira de cada mês.
RATATOUILLE - Realmente animações podem gerar diferentes opiniões sobre assuntos onde à princípio não parecem existir divergências. Ratatouille é um filme muito bonito, a profundidade dos cenários e os detalhes são impressionantes, mas a história é fraquinha, o filme vai passando e o fiapo de roteiro vai desmanchando até ceder de vez. Não fiquei decpcionado porque já não espero muito quando assisto animações/desenhos, afinal esta é uma preocupação de quem trabalha com isso e não do público, certo?

Gosto quando uma animação trata de temas/assuntos ou possui personagens completamente fictíceis (Monstros S.A., Carros, Robôs), agora quando tenta se retratar o mundo como é (A Casa-Monstro, Ratatouille, A Família do Futuro) perde-se a razão de ser da própria animação, do próprio desenho. Como algo para diversão quanto mais distante da realidade melhor!! Pena...

A COMUNIDADE - Que loko! Foi o 3º filme do Noitão, e o que ajudou a nos manter acordado porque ele é muito engraçado, pra cima, divertido! Dirigido por Álex de La Iglesia (O dia da Besta, Crime Ferpeito), a história gira em torno de uma agente imobiliária (Carmen Laura) que descobre uma grana altíssima escondida em um dos apartamentos de um prédio de Madri, algo em torno de 3 milhões de euros! Mas ela não consegue sair com a grana devido a influência dos outros condôminos que procuravam por anos a dinheirama. Está armada a confusão...
Humor negro absurdo onde todos os condôminos (A Comunidade do título) fazem de tudo para ficar com a grana, não se importando com suas próprias vidas, os velhinhos ficam mais mesquinhos com o passar dos anos. Mesmo que não se tenha com o quê gastar o importante é possuir o dinheiro!
A sequência final no alto do prédio é simplesmente genial. E o Darth Vader... muito engraçado.. tente assistir trechos do filme no you tube... você vai entender do que estou falando.
XXY - Filme argentino difícil sobre uma adolescente que nasce com ambos os sexos, e suas desventuras com a família e os jovens de sua idade que descobrem este seu "segredo". Seu pai é vivido por Ricardo Darín. Acredito que a diretora Lucía Puenzo teve mão bem leve e precisa para transpassar a história para as telas, já que é um tema muito complicado de se trabalhar. É difícil não cair na caricatura ou nos estereótipos. É uma pena que durante a sessão (a 2ª do Noitão) muitas pessoas riam dos acontecimentos como a descoberta do sexo, os carinhos e estes detalhes. Não é um trabalho que tenha gostado e não recomendo na verdade, é de se esquecer muito rápido. Site do filme.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

SWEENEY TODD - O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET - O dia que assistí a este filme foi relmente muito especial, porque foi a primeira vez que participei de um Noitão do HSBC (3 filmes, o primeiro começando a meia-noite e o último acabando as 6 e meia da manhã). Só por isso este filme seria lembrado por muito tempo, mas o fato do filme ser excelente também contribui.

É a 8ª (!) adaptação da história do Sweeney Todd para o cinema. Não tem como não se animar com um filme de Tim Burton e Johnny Depp (o 6º da parceria - os outros foram Edward Mãos-de-Tesoura, Ed Wood, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate e A Noiva Cadáver). O diretor é sempre cuidadoso, metódico, seus filmes são sempre muito bem feitos, editados e cortados e o ator vive seu personagem, incorpora fielmente e à cada filme parece um novo ator. Os dois têm que estar juntos!

Bem, no filme, que conta ainda com a Helena Bonham Carter (é o 5º trabalho com o diretor - antes fizeram Planeta dos Macacos, Peixe Grande, A Fantástica Fábrica de Chocolate e A Noiva Cadáver), o tal barbeiro volta à Londres vitoriana (suja, dark e pouco convidativa) para se vingar do desaparecimento de sua esposa e filha. Preste atenção ainda, no Sacha Baron Cohen (o eterno Borat) que faz uma participação pequena mas muito marcante.

Gostei muito do filme, mas não é o meu predileto de Burton - eu ainda gosto mais de Peixe Grande e Planeta dos Macacos.

PS: logo no começo do filme um dos personagens diz a Depp "Voltando à Londres?! Você se cansou do longo tempo que passou no mar?!" Captei uma ironia com relação a saga de Piratas do Caribe... será?!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

STAR WARS - Olha só...
São Paulo receberá mostra temática sobre Star Wars
A partir de 5 de março São Paulo receberá a mostra "Star Wars Exposição Brasil", que levará à cidade cerca de 200 peças dos filmes da clássica série criada por George Lucas. Entre o material a ser exibido estarão figurinos, robôs, maquetes, storyboards e ainda o caça jedi StarFighter, pilotado por Anakin Skywalkwer, além de outros 3 veículos vistos nos filmes. A exposição é itinerante e pela primeira vez ocorrerá na América Latina, permanecendo no Porão das Artes, no subsolo do prédio da Bienal, até o final de julho. Outros destaques da exposição são a "mesa de armas", que trará uma série de sabres de luz usados nos filmes, e a Escola Jedi, um projeto de teatro em que profissionais interpretarão personagens da série e poderão interagir com o público.
O GÂNGSTER - Não tinha como não querer ver este filme. 1º - tem o Russell Crowe, que acho um puta ator, que trabalha bem pacas, como em Los Angeles Cidade Proibida e A Luta Pela Esperança. 2º - tem Denzel Washington, que é outro puta ator, que tem seus altos e baixos, mas me ganhou com Possuídos (que filme foda é esse!!). 3º - dirigido pelo Ridley Scott, que ainda mantém certo nome em Holywood, com altos e baixos, como Alien, Blade Runner, mas também Hannibal e Cruzadas.

A história (real) conta a ascensão de um natural do Bronx no submundo das drogas ao se tornar o traficante que traz a droga mais pura e barata. Tudo vai bem até que um policial resolve caçá-lo. O clima é angustiante, aquele ar cru dos bons policiais dos anos 70, como Todos os Homens do Presidente e até mesmo, Caminhos Perigosos (um dos primeiros de Scorsese) está de volta, mas sem a cega e caricata violência de Os Infiltrados.

Filmão seco, enxuto e forte. Dois grandes atores que duelam distantes um do outro, e só dividem a tela no final (lembrando um pouco o Fogo Contra Fogo, com Al Pacino e Robert De Niro, só que aqui é muito melhor!).

domingo, 17 de fevereiro de 2008

FILMES TRASH NA SESSÃO ASTRONETE - Saca só...
Às 22hs. Entrada franca. Rua Matias Aires 183, Consolação. Tel: 3151-4568
20/02: FRANKENSTEIN'S DAUGHTER (A FILHA DO FRANKENSTEIN) - EUA, 1958, 85MIN. Um clássico dos drive-ins. O neto do famoso professor Frank resolve seguir os passos do vovô e criar uma versão feminina do monstro a partir de uma doce jovem universitária. Ela é loira, ela é sexy, ela flerta e está com sede de sangue! A criatura é interpretada por Sandra Knight, futura esposa de Jack Nicholson.
27/02: ATTACK OF THE 50 FT. WOMAN (O ATAQUE DA MULHER DE 50 PÉS) - EUA, 1958, 72 MIN.Um dos maiores clássicos do cinema "B" dos anos 50. Uma esposa bêbada em apuros com o marido mulherengo tem sua vida mudada depois de um encontro com um alienígena gigante vestindo roupas medievais!!!! Depois do encontro do outro mundo nossa dona de casa cachaceira passa a crescer até atingir a altura de 50 pés e sai em perseguição ao marido infiel destruindo a cidade para um final trágico no bar onde o marido encontrava sua amante para uns tragos depois do trabalho!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

TRANSFORMERS - Sempre foi um consenso de que os filmes dirigidos pelo Michael Bay são um tanto quanto dispensáveis, com atuações duvidosas e vários furos no roteiro (vide Bad Boys, Armageddon, Pearl Harbor...). Transformers não é diferente. A dupla protagonista (tirando os robôs) é formada por Shia LaBeouf (que está até que bem por sinal, se bem que seu personagem não parece mesmo exigir muito) e Megan Fox (que paga de gata o filme inteiro, mas é sem sal, tadinha...)... o jovem compra um carro, que se revela um robô, Bumblebee, que está de espião na Terra, já que alguns robôs, comandados por Megatron (o melhor!) quer dominar o planeta e exterminar a raça humana, mas enfrentam os "robôs do bem", comandados por Optimus Prime. Junta-se a isso explosões, destruição da cidade, e pronto. Basicamente é isso.
A sequência final com a luta entre os dois chefões no meio da cidade vale o filme, os efeitos são impressionantes (nisse, Bay é muito bom mesmo!) mas não há mais nada além disso. e vem uma sequência por aí...
O filme foi um sucesso de bilheteria, principalmente no cinema oriental, conforme o diretor conta nos extras... No Japão, Coréia do Sul ele foi aplaudido de pé no final das sessões!
É diversão sem nenhum compromisso, se é isso que se procura há uma penca de outros filmes melhores, mas se quiser arriscar? Boa sorte.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

DESCOBERTAS CINEMATOGRÁFICAS!! - Esta semana foi no mínimo especial para o "cineasta adormecido", que mora no meu peito. Eu, minha K, o Makson e o Éder fomos no Noitão do HSBC. Pensei que jamais aguentaria sessão tripla começando as 00h00 e terminando as 06h30 da manhã... mas aguentei!
Assistimos em primeira mão, "Sweeney Todd", o novo Tim Burton, emendamos com "XXY", um drama argentino de uma adolescente hermafrodita e fechamos com "A Comunidade", comédia de Alex de La Iglesia, que já tinha assistido, mas ajudou a fechar a "noite" ou começar o dia, muito pra cima!

Foi ótimo!! só o irrisório lanchinho final e o desfile de estilinhos incomodaram um pouco, mas acho que é o preço que se paga...

Não contente, na quarta da mesma semana fomos na "famosa" Sessão Comodoro de Carlos Reichembach. Assistimos um tal de "The Great American Snuff Movie", que é uma bela de uma bomba!! Mas só a experiência da sessão valeu muito a pena!!

Tomara sejam constantes!!!
PS: breve vou comentar todos estes filmes aqui... fiquem ligados!!!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A LUTA PELA ESPERANÇA - Um ombro deslocado, várias contusões pelo corpo e um dente quebrado. É isso que dá quando ator se mete a interpretar um lutador de boxe... Ron Howard se viu obrigado a atrasar a produção de A Luta Pela Esperança em quase 2 meses para que Russel Crowe pudesse se recuperar.
Ele interpreta a história real de Jim Braddock, Crowe, um lutador de boxe que ao perder tudo na depressão americana no final da década de 20, se vê obrigado a fazer bicos para sustentar a esposa, Renée Zellweger, e seus filhos. Seu treinador, Paul Giamatti (sempre genial!), acredita no lutador até o fim, mesmo porque é nele que estão todas as suas fichas para se salvar também.
Todo o filme parece receber um tratamento de cor que o deixa pálido, cinza, cores em tons pastéis, como lembrando aquelas fotos PBs que recebiam tinta à mão.
Só de retratar uma história real já me chama a atenção, mas o que mais impressiona é que o filme acaba com a grande luta final contra Max Baer em 1934 ou 1935, ou a reprodução dela. E nos extras eles disponibilizam a luta real! É incrível...
Pena que não arrecadou ou sequer recbeu reconhecimento que deveria quando foi lançado...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

TMNT - AS TARTARUGAS NINJA - O RETORNO - Depois daquelas belas porcarias de sessão da tarde que não faziam nada além de tirar sarro das personagens, tornando-as nada além de pastelões, ou sei lá mais o quê, finalmente resolveram dar a elas uma justa homenagem. É claro, não espere algo com um roteiro muito elaborado ou intrincado, porque este é um filme para adolescentes, ou nostálgicos que assistiam as aventuras das tartarugas e sentiam sua falta. Bem, é meu caso... As brincadeiras, as piadinhas estão aí, faz parte das suas personalidades, mas elas são complementares às lutas e à história em si e não são usadas como motor para fazer a engrenagem funcionar.
O filme, a animação, é toda dark, como pede as personagens desde sempre... já que são 4 tartarugas que vivem nos esgotos de Nova York e pretendem nunca serem descobertas, certo? nada mais justo então...
É interessante, mas vale a pena só para fãs... não perca seu tempo se não for, hein! uma continuação é consequência natural!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

CARTAS DE IWO JIMA - Foi rodado simultaneamente com o filme acima, mas não no Japão, que não permitiu a utilização da ilha em questão no título de filme. Por isso eles fizeram a filmagem em uma ilha das Islândia, que tem solo parecido e mesma atividade vulcânica. Esta versão japonesa dos fatos, como o próprio diretor gosta de chamar, é muito, mas muito melhor do que a versão americana. É claro notar como Eastwood mudou a linguagem da captação das imagens e a forma de contar a história para se aproximar (ou tentar) do estilo japonês de cinema. Ele, inclusive diz isso nos extras do DVD, mas acredito que este tenha sido seu ato falho. Seria melhor para o filme e para ele, se fosse convidado uma produção japonesa para dirigir o filme de forma a alcançar este objetivo de Eastwood, que acaba ficando no meio do caminho, já que a linguagem não é tradicional, mas ao mesmo tempo não chega nem perto da oriental.
Posto isso de lado é um grande filme! E a atuação Ken Watanabe realmente é fantástica. Sem contar que a história em si da defesa da ilha é muito mais coesa e fechada naquele universo particular, criando um clima de introspecção, que os orientais tanto pregam.
Vale muito a pena, mas se sobrar um tempinho assista o americano também, ajuda a completar a história.
A CONQUISTA DA HONRA - belo filme, mas o mais interessante é ser uma história real, que apesar de ser totalmente romantizada e "exagerada pra vender", não deixa de ser muito bacana. Mas o que realmente torna este filme grande é o outro, Cartas de Iwo Jima, por completar e ao mesmo tempo ofuscar o brilho desta produção também dirigida por Clint Eastwood. Neste A Conquista da Honra, Eastwood conta a história de 3 personagens da guerra ? (sei lá qual já foram tantas...), que são enviados de volta aos EUA por causa da foto que se vê ali em cima, deles astiando a bandeira americana em solo japonês. Aí diferente sentimentos rolam nestes rapazes, um fica orgulhoso, o outro surpreso e o terceiro irritado, por participar de uma baboseira pra levantar grana pro país, enquanto seus companheiros morrem na batalha. Aliás, este último, Adam Beach, realmente surprende pela atuação. É um filme interessante, mas nada mais também. Se vc não gosta de filme de guerra nem perca seu tempo, porque tem outros muito melhores, mas para registro dos acontecimentos é interessante.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

ROCKY BALBOA - É sempre engraçado quando vemos um ator de um personagem só, ou um ator de um filme só. É fácil criticá-lo, achar defeitos e se perguntar "mas se ele era tão bom porque não fez outras coisas marcantes ao invés de apostar só no mesmo?!" Pois bem, o Sly criou um símbolos dos anos 70 (Rocky) e outro dos anos 80 (Rambo)... e os dois vão renascer!
O primeiro a chegar foi Balboa neste Rocky Balboa (não dava para Rocky V ser a despedida de Rocky, não é mesmo?! Este é o pior filme da sextologia, segundo o próprio Sly.) Na trama, ele tenta se reaproximar do filho após a morte da sua eterna Adrian, ao mesmo tempo que decide encarar o campeão mundial de pesos pesados Mason Dixon (que é boxeador de verdade!!), como forma de reviver seus gloriosos anos.
A famosa luta final foi marcante por apostar desta vez em uma linguagem televisiva fazendo crível que o espectador acompanhe um embate real entre os lutadores. Já os outros filmes usavam a famosa câmera no ringue, aproximando-nos da luta, mas sem o mesmo efeito nos dias de hoje. Aliás, a cena foi rodada antes de uma importante luta. o ginásio estava lotado e quando Rocky entrou todos gritaram seu nome impressionante...
Fico feliz por Sly ter feito um filme assim, fico feliz por Rocky ter se despedido do cinema assim...

domingo, 6 de janeiro de 2008

O FANTASMA DA ÓPERA (1925) - O que era o cinema em 1925? Engatinhava, tudo se descobria, tudo se inventava... é simplesmente imperdível uma viagem à qualquer filme deste período. Neste ano surgiu o que é reconhecido hoje como a primeira grande produção de terror do cinema, O Fantasma da Ópera, dirigido por Rupert Julian, e tendo Lon Chaney na pele de Erik, o tal fantasma em questão. Chaney aliás, que faleceu 5 anos depois do lançamento do filme de câncer no pulmão, havia feito pouco tempo antes O Corcunda de Notre Dame, provando sua grande facilidade em criar expressões e faces, que depois foram copiadas por muitos outros.
Preciso (!) dos outros clássicos, dos primeirões, como O Corcunda de Notre Dame, O Médico e o Monstro, Nosferatu, Frankenstein, Drácula, e tantos outros. Acredito que os remakes têm sua importância, mas quando são feitos sobre estes filmes dos primórdios do cinema, a intenção é apenas homenageá-los ou mesmo trazê-lo ao conhecimento dos mais novos. Fica só na homenagem. E aí, a minha nostálgica visão fala mais alto, muito mais alto!
ste foi o último filme de 2007 que assisti, um mudo PB maravilhoso. Que ótima maneira de um amante de cinema fechar um ano, não acham?!
LAURA - Considerado um dos grandes filmes noir da história, esta produção de 1944 fala sobre um detetive (Dana Andrews) que investiga a morte da bela protagonista (Gene Tierney, que dá nome ao filme) com um tiro no rosto. Ela tinha um namorado (Vincent Price) e um amante (Clifton Webb) na época do assassinato e ambos são duramente investigados pelo detetive. Mas tudo muda de figura quando Laura reaparece sã e salva, abrindo novas possibilidades na história.
Na época uma grande polêmica foi levantada. O ator que interpretou o amante de Laura, Clifton Webb, havia se declarado homossexual e pensou-se na possibilidade de afastá-lo da produção por isso, mas no final o bom senso venceu e manteram o grande ator no filme, que acabou até concorredo ao Oscar de ator coadjuvante por esta atuação.
Filmes assim ensinam muito pra gente sobre como era a sociedade alguns anos (muitos) atrás. Vale a pena assistí-lo pela polêmica, pela história, pela beleza de Gene e por muitos outro aspectos também.