domingo, 29 de junho de 2008

TRÊS VEZES AMOR - Foi em uma despretensiosa sessão que levei minha K para assistir esta pequena obra.
A história é simples: um mulherengo convicto (Ryan Reynolds) que passou a vida enroscado com 3 belas mulheres (Elizabeth Banks, Rachel Weisz e Isla Fisher) é perguntado certa noite, pela filha, a lindinha Abigail Breslin, de Pequena Miss Sunshine, qual delas seria a sua verdadeira mãe. O pai então, decide contá-la toda a história até que a menina descobrisse a resposta por conta própria.
O filme é bonitinho e tal, mas aposta nos altos closes na pequena atriz, que daqui a poucos anos já não será mais a fofinha menina que conquistou todo mundo com Sunshine. Fora isso não tem muito o que se dizer, apenas uma série de clichês que até emocionam os desavisados, mas nada que fique na cabeça por muito tempo.
É para ver abraçado com pipoca quentinha.
CHUMBO GROSSO - Mais uma comédia, paródia, da dupla Simon Pegg e (do produtor e diretor) Edgar Wright. Agora o tema são os filmes policiais de parceiro.
Pegg vive um policial exemplar em Londres, tão competente que rapidamente sobe na carreira mas é passado para trás pelos seus superiores e é mandado para uma pequena cidade chamada Sandford, no meio do nada. E lá ele se junta ao seu parceiro atrapalhado (quem mais senão o bonachão Nick Frost) e juntos tentam resolver os problemas na cidade. Aos poucos eles descobrem uma séria gama de ligações que faz a pequena cidade não ser mais tão inofensiva assim... em alguns momentos lembra A Comunidade.
Todo Mundo Quase Morto, o primeiro filme que lançou a dupla é uma paródia dos filmes de zumbis e é extremamente engraçado, um humor escrachado e com conteúdo. Aqui com Chumbo Grosso a graça existe mas em momentos mais espassados. O grande trunfo do filme é a dupla protagonista, que tem ótima química.
Se você não assistiu nenhum dos dois comece pelo Todo Mundo Quase Morto para conhecer do que a dupla Pegg e Wright é capaz.
HAIRSPRAY - EM BUSCA DA FAMA - Eu odeio musicais! É bom que se comece essa resenha assim, quem não me conhece já sabe... ok, dou o braço a torcer em alguns casos como Grease, Across the Universe, Os Irmãos Cara-de-Pau e mais um ou outro...
Aqui o grande atrativo, inclusive do próprio cartaz do filme é John Travolta como uma "enorme" senhora, mãe da personagem principal, a estreante e simpática Nikki Blonsky. E logo de cara o filme ostra a que veio com uma interminável canção que a tal menina canta no caminho pra escola... meu Deus..
As participações são o grande trunfo do filme, o maridão de Travolta vivido pelo eterno-weird Cristopher Walken, a vilã da trama é Michelle Pfeiffer, ainda tem Zac "High School Musical" Efron pra delírio das menininhas e a cativante Amanda Bynes, que completa a equipe a lado de Queen Latifah.
Apesar das cores espalhafatosas, do clima de festa e do elenco muito bem escolhido a história é fraquinha e o pobre Travolta que aguentou sei lá quantos quilos naquele traje aparece poucas vezes e a tal gordinha Blonsky leva o filme com seu sorriso que prende.
Como a personagem principal e sua mãe, o filme não decola, muito ao contrário, sequer sai do chão.
A LENDA DE BEOWULF - Fiquei surpreso, porque na verdade não sabia que se tratava de uma animação... ops, você também não sabia?! foi mal... Mas tudo bem, isso não muda muita coisa...

A direção é de Robert Zemeckis, que utilizou a mesma técnica em O Expresso Polar, que consiste em grudar aquelas pintinhas nos atores para captar seus movimentos e o computador faz o resto... A história aqui é a seguinte... um herói medieval, que tenta salvar uma vila de uma mal terrível, nada muito diferente do que há tempos se faz... a grande vilã da história é "interpretada" por uma completamente nua Angelina Jolie. Ela, inclusive disse numa entrevista ter ficado surpresa em ter apenas dublado sua personagem e de repente se ver nua na telona... se o corpo da mocinha é realmente tudo aquilo, cabe apenas à ela e ao Sr. Pitt responder...

As semelhanças do filme com 300 são grandes, apesar de não utilizar nem mesmo o mesmo formato de cinema (um é animação o outro é totalmente chroma-movie), e garanto que a experiência com atores reais faz daquele filme muito melhor que este Beowulf, mas para aqueles momentos em que não se pretende grande coisa até que vale perder uns minutinhos...

domingo, 1 de junho de 2008

2 FILHOS DE FRANCISCO - Antes de qualquer coisa para que se entenda o que vou dizer sobre este filme aqui vão algumas palavrinhas sobre a minha conduta com relação à certas coisas: não tenho preconceitos com relação à nada, apenas com música... é mais forte do que eu! Por isso relutei tanto tempo para assistir este tal de 2 Filhos de Francisco. Mas acabei me enfiando em uma aposta idiota no trabalho e tive que assistí-lo.

O filme conta a história de 2 músicos de origem pobre do interior de Goiás, que buscam o sucesso à toda custa, "incentivados" por um pai que vê neles uma chance de dar um futuro melhor para toda a família. Quando eles começam a fazer sucesso na região, passam a viajar com um produtor musical e um dos meninos acaba morrendo em um acidente de carro. O outro só volta a pegar o gosto por cantar muitos anos depois, já grande, quando vai pra São Paulo e se junta à um outro itmão, muitos anos mais novo. Aí eles explodem quando lançam a música "É o Amor". E o filme acaba aí! O resto já se sabe...

O grande acerto do diretor Breno Silveira, é justamente concentrar mais da metade da história enquanto eles são pequenos, e se valer das ótimas interpretações de Ângelo Antônio e Dira Paes, como os pais das crianças. E é por esta escolha muito acertada que o filme decola e agrada.

Os cantores, na vida real, aparecem no finalzinho do filme, um pouco antes dos créditos finais, apresentando toda a família e a casa onde viviam em Goiás, além de um trecho de um show, onde a emoção aflora forte. Em determinado momento de uma das músicas, os pais aparecem "de surpresa" por trás deles, que começam a chorar e não conseguem completar a canção. Naquele momento Zezé di Camargo e Luciano voltam a ser Mirosmar e Weston, dois dos muitos filhos do Seu Francisco.

LADY VINGANÇA - Último filme da trilogia da vingança do diretor coreano Park Chan-Wook, antes deste ele já havia entregado Mr. Vingança (2002) e o excelente Old Boy (2003).
Aqui a história nos mostra uma presidiária que cumpre pena de 13 anos por assassinato, no lugar de seu namorado, o verdadeiro assassino. Lá na prisão descobre que o mesmo a está traindo, então ela, minunciosamente, traça um plano de vingança contra ele e começa a executá-lo depois de passado o período de rclusão.
É um filme realmente muito bom, com um visual que segue a linha traçada pelo diretor na trilogia, mas na minha opinião é inferior ao Old Boy, mais seminal e cru em diversos aspectos.
A interpretação da Lee Yeong-Ae é muito boa e o cartaz do filme é muito bonito. Se você não conhece a trilogia do diretor recomendo Old Boy antes deste Lady Vingança.