domingo, 27 de setembro de 2009

FALANDO EM POLANSKI...

O homem foi preso...
dá uma lida aí...

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/09/27/politicos-buscam-liberacao-do-cineasta-roman-polanski-preso-na-suica-767800786.asp

REPULSA AO SEXO - Ousadia é sempre louvável. Polanski sabe disso. Por isso lançou no auge da liberação feminina o filme de uma garota com repulsa à qualquer investida masculina.
Segundo longa-metragem de Roman Polanski, Repulsa ao Sexo, de 1965, traz a história de Carol (Catherine Deneuve), uma bela e instrospectiva jovem que não consegue se relacionar com outros homens. Aliás ela nem tenta, tamanha a repulsa que sente por eles.
Ela vive com a irmã em um pequeno apartamento alugado. Sofre com os gemidos noturnos da garota quando dorme com o namorado, e rejeita até mesmo um simples beijo de um jovem pretendente. A situação piora de vez quando sua irmã decide viajar com o namorado. Em casa sozinha, Carol começa a ter alucinações, imaginando as paredes se rachando, mãos surgindo entre as rachaduras para tocá-la, ou ainda um visitante imaginário que chega para estuprá-la.

O filme, todo em PB, caminha lentamente ao passo da protagonista e ganha ritmo na metade final com seus delírios. Mas na minha opinião, fica faltando algo ao filme. O destaque mesmo para a cena das mãos invadindo as paredes. Incrível como a metáfora da proteção dela, dentro de casa, vai ruindo aos poucos com as rachaduras.

Na verdade Polanski não é meu diretor predileto, longe disso. Não conheço todos os filmes dele, mas posso ressaltar que O Bebê de Rosemary e A Dança dos Vampiros também deixam muito a desejar. Agora, Chinatown, A Morte e a Donzela e O Pianista são pontos positivos. A carreira de Polanski é uma montanha russa e Repulsa ao Sexo representa um momento inferior deste percurso.

OS PÁSSAROS - Demorei 27 anos para mergulhar na história de pássaros insandecidos que perturbam a população de uma pequena cidade americana. E valeu cada minuto... o filme é incrível!
É uma produção de 1962, o 50º filme da carreira de Alfred Hitchcock, e conta a história de uma garota que segue para uma pequena cidade atrás de um suposto provável namorado. E lá os pássaros começam a atacar os moradores sem explicação. Eles simplesmente atacam as pessoas, nada mais. O clima de suspense é total. E sem fazer qualquer uso de trilha sonora, efeito de imagem ou coisa parecida.
O que chama atenção também é como os personagens deste filme são bem construídos. Todos parecem ter um segredo, falam uns com os outros mas mantém o olhar retraído como se não quisessem entregar o jogo. Até o fim, você espera a bombástica revelação de qualquer um deles...
O medo vindo do inesperado, como dos pássaros, choca mais do que o medo vindo do lugar comum, como o escuro, uma porta rangendo ou pegadas subindo uma escada. E este é o grande trunfo!
Destaque para uma das cenas quando os persoangens caminham por uma rua tomada por pássaros por todos os lados, no chão, nas árvores e nos fios de alta tensão. A edição foi tal, que o clima fica tenso o tempo todo até cruzarem a tal estrada. Você espera pelo ataque a qualquer passo!!