domingo, 18 de dezembro de 2011

BIUTIFUL - Todo o filme do Iñarritú deveria vir com o subtítulo "desgraça pouca é bobagem", assim foi com Amores Brutos, 21 Gramas, até Babel... e não poderia ser diferente com Biutiful, vencedor de vários prêmios internacionais e 2 nominações ao Oscar, melhor filme estrangeiro e melhor ator para Javier Bardem.

Bardem faz um espanhol que tem em sua vida um emaranhado de problemas. Trabalha como mediador de chineses e africanos na produção e venda de produtos piratas, tudo por conta da amizade que tem com um policial, que recebe dinheiro para fingir que não vê bada. Pra ganhar uma grana extra, Bardem faz uso do seu dom, conversar com os mortos. Ele frequenta velórios e fala com os mortos, passando a sua última palavra aos familiares. Como se não bastasse esses dois mundos conturbados, ele ainda se vê envolvido com sua ex-mulher alcóolica e desconta tudo nos dois filhos. Como se não bastasse essa viagem por uma Espanha suburbana, suja e decadente, Bardem se descobre portador de câncer em estágio avançado, o que lhe dá menos de 2 meses de vida. Tá bom pra você ou quer mais?


É um filme difícil, "corta-pulsos", mas que mostra o talento de Iñarritú com os roteiros que exploram a decadência de pessoas e suas famílias. Não há uma época certa para se ver este tipo de filme, mas saiba: se você está bem vai ficar mal e se estiver mal pode ficar pior... então cuidado! Neste filme, de Biutiful só o nome...

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