sexta-feira, 21 de setembro de 2012


AUGUSTAS - O cinema nacional tem algumas características muito únicas e particulares. É muito rico, tanto no departamento da ficção como no campo documental. Do meu gosto pessoal, destaco O Pagador de Promessas, À Meia-Noite Levarei Sua Alma, Abril Despedaçado, Nina, Os Fuzis, Terra em Transe, Cidade de Deus, O Palhaço, Reflexões de um Liquidificador, O Que é Isso, Companheiro?, entre muitos outros. Misturei de propósito filmes diversos de gêneros e épocas distintas.


Obviamente nem tudo o que se produz no Brasil é genial ou mereça grande destaque. Muita coisa ruim também é feita aqui.


Fomos a uma sessão especial, com a exibição de "Augustas", primeiro longa de Francisco Cesar Filho, baseado no livro "A Estratégia de Lilith", de Alex Antunes. A personagem principal do livro e do longa é a prórpia Avenida Augusta, com todos os seus excêntricos personagens. Entre eles, está o jornalista Alex (Mario Bortolotto, apoiado na parede na foto abaixo) que vaga pela rua zanzando em torno de personagens femininas da sua vida, sua ex-chefe, sua empregada, algumas amigas, uma protistuta e uma cantora lésbica que namora uma senhora de idade e frequenta um centro de umbanda.


Essas personagens entram e saem da sua vida ora como confindente, ora como amigas ou inimigas. Sempre na Augusta com seus becos e inferninhos.


Mas o filme não indica em momento algum para onde vai. Com essa historia de ser livre e ter a Augusta como "única" personagem o filme não apresenta consistência e se perde no proprio mar de personagens, que eu devo acrescentar são muito fracos e rasos. Não agrada, não anima e não diverte.


O curta "Esta Rua Tão Augusta", na foto abaixo, dirigido por Carlos Reichembach é apresentado antes do longa, e tem enorme valor. Não apenas histórico como cinematográfico. É um belo curta de 1967 e pose ser facilmente encontrado no youtube - http://www.youtube.com/watch?v=oGmQ99A6uRY


Pelo curta vale a pena a assistida, já pelo longa...

Um comentário:

Fabio Calamari Miranda disse...

Acho que você não entendeu William, ou não viu o filme.
O curta do Reichembach é apresentando no começo do "Augustas" como se fosse uma introdução.
A única relação dos dois é a rua em si. E mais nmda.
Mas se você não viu nenhum dos dois, que é que me parece, aí fica difícil entender mesmo.