sábado, 12 de outubro de 2013

ELYSIUM (2013)

Elysium, o novo satélite da Terra

ELYSIUM (2013) - Neill Blomkamp nasceu na África do Sul e já provou ter grande valor como diretor. Depois de inúmeros curtas-metragens, ele veio com tudo em 2009 com Distrito 9. E de cara já arrebatou alguns fãs impressionados com a mescla muito bem feita de ficção científica e crítica social em um falso documentário. Apesar do sucesso de Distrito 9 que se passa na África do Sul (e o lançamento do filme pouco antes da Copa do Mundo de 2010 se mostrou muito acertada), muitos pensaram que poderia se tratar de um golpe de sorte de um diretor novato. Mas com Elysium, Blomkamp insiste na fórmula e cala os críticos, inclusive eu mesmo, admito.

Damon, o herói de Elysium

Elysium é o nome que se dá ao satélite que fica na órbita da Terra, que serve de casa para os que podem pagar por esse luxo. Lá não tem pobreza, guerra ou doença. A tecnologia serve ao homem, robôs são serviçais. Os mais ricos fogem da Terra que no ano de 2175, quando se passa a história, está devastada e violenta. Só quem sobra aqui são os pobres que sonham em um dia chegar, mesmo clandestinamente, à Elysium.

Elysium e sua mão de ferro

Elysium é comandando à mão de ferro por Delacourt (a "já-foi-melhor" Jodie Foster) que mantém a amizade com os ricos e destrói, sem cerimônia, qualquer nave que tente invadir o espaço aéreo de Elysium. Mas aqui embaixo tem muita gente querendo ir pra lá, principalmente buscando cura para doenças que aqui na Terra são incuráveis, como câncer. Uma dessas pessoas é Max (o robótico Matt Damon) que após se infectar com a radiação corre contra o tempo e contra a morte que pode chegar em 5 dias. Max vai até Spider (o ótimo Wagner Moura) que é o único capaz de comandar uma missão à Elysium.

Moura e Damon juntos em ação

Até certo ponto tudo acaba bem. E eu não estrago o filme a dizer isso não! Seria melhor que o final não fosse feliz. Em Distrito 9 a pulga insiste em ficar atrás da orelha após a transformação do humano em robô, mesmo que não totalmente. Em Elysium a pulga nem faz coçar, é uma pena. As atuações são fracas exceto por Wagner Moura, ele parece saber da oportunidade e a agarra com unhas e dentes, inventa um sotaque e se destaca como o grande destaque do filme.

Coadjuvante de luxo

Distrito 9 é melhor, sem dúvida, mas Elysium é sim um ótimo filme, uma ficção científica que ainda mantém a reputação de Blomkamp em enfiar a crítica social no meio da história. Para ele, não importa se a história é contemporânea ou se passa daqui a 300 anos, sempre haverá as mesmas disputas das diferentes castas sociais. Os problemas serão sempre os mesmos.
Veja abaixo o trailer de Elysium.

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