segunda-feira, 14 de setembro de 2015

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA (2015)

O inóspito cenário

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA (Mad Max: Fury Road / 2015) - Quando se fala em filmes poeirentos, perdidos no meio do nada - normalmente nos desertos por aí - nada como ter um diretor que sabe explorar bem o espaço. Que mesmo em um ambiente completamente inóspito se sente em casa. Como se fosse um passeio ao lado de um guia que conhece bem o lugar. Este é George Miller. Ele dirigiu todos os quatro filmes da franquia Mad Max.

George Miller dirigindo Tom Hardy

Este quarta longa da série tem uma gama de tribos e personagens cheios de detalhes com um visual apurado, uma maquiagem muito bem feita e uma caracterização das mais cuidadosas. Isso é inegável, mesmo que você não goste do filme e da simplicidade do roteiro. Entrar de cara nesse mundo fantástico dos ficcionais povos da areia do deserto australiano é incrível.

Manada dos maníacos

Em Mad Max: Estrada da Fúria, Miller filmou tudo o que é visto na tela, à la cinemão bom dos anos 70. Cerca de 80% dos efeitos são realizados em frente às câmeras, ou seja, poucos efeitos de computador, pouco CGI. Finalmente, no meio de tanta "tela verde", cinema de verdade!

Carros tunados e visual marcante

As perseguições, explosões, os capotamentos, o fogo saindo pelo braço da guitarra e os carros envenenados e cheios de detalhes. Tudo aqui foi montado, construído e filmado em pleno deserto da Namíbia.

Cenas de ação acontecendo na frente das câmeras, sem CGI

Immortan Joe é o grande vilão da história, controla um exército de fanáticos - quase religiosos - pessoas com uma pele sem cor, carecas e com os olhos fundos, todos foram doutrinados a fazer o necessário para cumprir os mandos e desmandos de Immortan Joe. Ele controla também o suprimento de água do resto da população daquela parte do deserto e prega "não fiquem viciados à água", enquanto abre válvulas que despejam litros e mais litros da água para um povo miserável, faminto e sedento.

Immortan Joe

E como quase todos os personagens, Immortan Joe tem um visual impressionante. Ele tem um respirador artificial acoplado às costas, que bomba ar pro pulmão, tem uma voz grave e metalizada - à primeira vista tem muito de Darth Vader ali -, mas a força de Joe está no olhar profundo e na máscara com dentes grandes, o que lhe confere um ar assustador. É interpretado por Hugh Keays-Byrne, o mesmo que fez o vilão Toecutter no primeiro filme de 1979. Aliás, há quem diga que os dois são o mesmo personagem. Miller não confirma, mas também não desmente.

Immortan Joe e Toecutter seriam o mesmo personagem?

Max (Tom Hardy), assim como quando interpretado por Mel Gibson nos primeiros três filmes, é um herói de pouquíssimas palavras. Hardy, aliás conversou com Mel e pegou algumas dicas para interpretar o personagem. O astro norte americano, conhecido por ser uma pessoa de difícil trato e opinião muito forte, deu a sua benção e Hardy encarou o desafio sem medo.

O calado Max
Furiosa (Charlize Theron) é quem provoca o desenrolar da história quando resolve fugir das garras de Immortan Joe, levando algumas grávidas consigo que faziam parte do harém pessoal do vilão. Theron não tem problemas em se "enfeiar" para viver com mas intensidade os seus papéis - como fez em  Monster: Desejo Assassino, o que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz - e agora raspou o cabelo quase a zero para viver a justiceira. Uma atriz que se entrega sem medo aos papéis.

A impetuosa Furiosa

O roteiro de Mad Max: Estrada da Fúria pode ser contada em poucas palavras - grupo foge de vilão controlador e desperta sua ira. Ele vai atrás com toda sua equipe de soldados devotos. Só isso. Não explica muita coisa e nem precisa! É o gato correndo atrás do rato o filme todo. Mas de resto, o visual, as cenas fantásticas e reais (!), e as tribos e personagens ricos fazem de Mad Max: Estrada da Fúria uma ótima diversão. E apertem os cintos, vem sequência por aí!
Veja abaixo o trailer de Mad Max: Estrada da Fúria.


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