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A entrevista de uma vida |
ENTREVISTA COM O VAMPIRO (Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles / 1994) - O livro é antigo, da década de 70. O primeiro da autora
Anne Rice, que se especializou na literatura fantástica durante boa parte da carreira. O sucesso foi tão grande que na época do lançamento do livro ela foi procurada para vender os direitos para o cinema. Vendeu. Mas o filme só seria lançado quase vinte anos depois. A demora foi um pedido dos produtores, que não imaginavam que as décadas de 70 e 80 seriam bombardeadas por histórias tendo vampiros como tema - como
Nosferatu - O Vampiro da Noite (o remake, não o original de 1922),
Drácula e alguns outros.
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Criatura e criadora |
Neil Jordan assumiu a direção do esperado longa baseado no livro de
Anne Rice, que só seria lançado na década de 90. O filme começa com o vampiro Louis (
Brad Pitt) sendo entrevistado por um jornalista novato (
Christian Slater, que substituiu
River Phoenix, morto pouco antes de se iniciarem as gravações).
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Louis |
Ele cita Lestat (
Tom Cruise) o vampiro que o mordera no ano de 1791. Lestat é impiedoso. Sedento por sangue, ele mata indiscriminadamente, de crianças a prostitutas, jovens e idosos. Louis não procura vítimas humanas, vive de beber sangue de pombos e ratos.
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O impiedoso Lestat |
Mas Louis cai na tentação e morde Claudia, uma criança (
Kirsten Dunst) que acaba de ver a mãe morta pela peste bubônica, o grande mal daquela época. A personagem foi inspirada na filha de Anne Rice que morreu ainda criança vítima de leucemia.
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A doce Claudia imortalizada ainda criança |
Louis e Claudia criam uma relação de proximidade, como pai e filha e seguem para Europa, fugindo das garras poderosas e maldosas do possessivo Lestat. Lá conhecem Armand (
Antonio Banderas) e juntos bolam um plano para se livrar de vez de Lestat.
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Armand |
Entrevista com o Vampiro se entrega ao estereótipo do vampiro charmosão que bebe sangue do pescoço com um apetite totalmente sexual. É a isso que se presta o trio
Pitt-
Cruise-
Banderas. O filme encerra com Sympathy for the Devil, mas não com Rolling Stones e sim na voz de Axl Rose, outro símbolo de beleza masculina naquele início dos anos 90.
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Teatro dos vampiros |
O vampiro clássicão é muito mais do que isso - estão aí
Nosferatu do
Murnau,
Mefisto,
Drácula do
Bela Lugosi para provar. São ícones do horror que assustam pela crueldade, onde o quesito sexual não está presente com tanta força como neste
Entrevista com o Vampiro. Aqui cada vítima mordida não grita de dor e sim de prazer.
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Uma mordidinha aqui outra acolá... |
Este foi o propósito da obra de
Anne Rice e do filme de
Neil Jordan. Neste ponto
Entrevista com o Vampiro dialoga mais com
Crepúsculo do que com
Nosferatu. Pena.
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O clássico Nosferatu... quando vampiros eram mais assustadores |
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