segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ENTREVISTA COM O VAMPIRO (1994)

A entrevista de uma vida
ENTREVISTA COM O VAMPIRO (Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles / 1994) - O livro é antigo, da década de 70. O primeiro da autora Anne Rice, que se especializou na literatura fantástica durante boa parte da carreira. O sucesso foi tão grande que na época do lançamento do livro ela foi procurada para vender os direitos para o cinema. Vendeu. Mas o filme só seria lançado quase vinte anos depois. A demora foi um pedido dos produtores, que não imaginavam que as décadas de 70 e 80 seriam bombardeadas por histórias tendo vampiros como tema - como Nosferatu - O Vampiro da Noite (o remake, não o original de 1922), Drácula e alguns outros.

Criatura e criadora

Neil Jordan assumiu a direção do esperado longa baseado no livro de Anne Rice, que só seria lançado na década de 90. O filme começa com o vampiro Louis (Brad Pitt) sendo entrevistado por um jornalista novato (Christian Slater, que substituiu River Phoenix, morto pouco antes de se iniciarem as gravações).

Louis

Ele cita Lestat (Tom Cruise) o vampiro que o mordera no ano de 1791. Lestat é impiedoso. Sedento por sangue, ele mata indiscriminadamente, de crianças a prostitutas, jovens e idosos. Louis não procura vítimas humanas, vive de beber sangue de pombos e ratos.

O impiedoso Lestat 

Mas Louis cai na tentação e morde Claudia, uma criança (Kirsten Dunst) que acaba de ver a mãe morta pela peste bubônica, o grande mal daquela época. A personagem foi inspirada na filha de Anne Rice que morreu ainda criança vítima de leucemia.

A doce Claudia imortalizada ainda criança

Louis e Claudia criam uma relação de proximidade, como pai e filha e seguem para Europa, fugindo das garras poderosas e maldosas do possessivo Lestat. Lá conhecem Armand (Antonio Banderas) e juntos bolam um plano para se livrar de vez de Lestat.

Armand

Entrevista com o Vampiro se entrega ao estereótipo do vampiro charmosão que bebe sangue do pescoço com um apetite totalmente sexual. É a isso que se presta o trio Pitt-Cruise-Banderas. O filme encerra com Sympathy for the Devil, mas não com Rolling Stones e sim na voz de Axl Rose, outro símbolo de beleza masculina naquele início dos anos 90.

Teatro dos vampiros

O vampiro clássicão é muito mais do que isso - estão aí Nosferatu do Murnau, Mefisto, Drácula do Bela Lugosi para provar. São ícones do horror que assustam pela crueldade, onde o quesito sexual não está presente com tanta força como neste Entrevista com o Vampiro. Aqui cada vítima mordida não grita de dor e sim de prazer.

Uma mordidinha aqui outra acolá...

Este foi o propósito da obra de Anne Rice e do filme de Neil Jordan. Neste ponto Entrevista com o Vampiro dialoga mais com Crepúsculo do que com Nosferatu. Pena.

O clássico Nosferatu... quando vampiros eram mais assustadores

Veja abaixo o trailer de Entrevista com o Vampiro (aliás promete-se um remake para logo, logo).


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