segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

ESTRELAS ALÉM DO TEMPO (2016)

Mary, Katherine e Dorothy

ESTRELAS ALÉM DO TEMPO (Hidden Figures / 2016) - Uma história real que envolve preconceito racial e a briga entre EUA x Rússia para chegar primeiro ao espaço. Do tipo que os velhinhos da academia adoram. Por isso, Estrelas Além do Tempo concorre ao Oscar de melhor filme, além de roteiro adaptado e atriz coadjuvante com Octavia Spencer, a mesma que já levou a estatueta por Histórias Cruzadas.

A verdadeira Dorothy, a primeira da esquerda

O filme se passa no começo da década de 60 no meio da corrida espacial. Três amigas negras - Katherine, Dorothy e Mary - trabalham na Nasa em uma sala voltada às pessoas de cor. O diretor Theodore Melfi mostra a segregação no dia a dia dos negros, como os bebedouros separados nas ruas, os ônibus com indicações de assento, a biblioteca pública com separação entre livros para brancos e negros.

A sala das mulheres de cor

Há 800 metros da sala onde as três amigas trabalham, Langley (Kevin Costner, sem sal como sempre) comanda com mãos de ferro o setor de projetos especiais da Nasa. O clima dentro da empresa é de pressão, principalmente porque eles acabam de acompanhar a primeira vitória russa ao mandar Yuri Gagarin para o espaço em 1961.

O homem que dá as cartas por ali

O desbocado Paul (Jim Parsons, ainda tentando se livrar da capa de Sheldon do Big Bang Theory) faz um dos engenheiros chefes da equipe de Langley. Ele é responsável pelos cálculos matemáticos que garantem um lançamento e um pouso seguro dos astronautas. Seu trabalho, assim como de todos do setor, ainda não surtiu o efeito esperado.

Tentando se livrar de Sheldon

Em determinado momento, Langley precisa de um expert em matemática para fazer o projeto avançar. A secretária (Kirsten Dunst) lembra de Katherine Goble, que sempre foi ótima com números, tendo se formado no colégio aos 14 anos e na universidade aos 18.

Katherine real e a atriz

Assim que entra na sala Katherine chama a atenção de todos - afinal como uma mulher de cor se atreve a querer se tratada como igual no começo dos anos 60, principalmente num ambiente totalmente masculino como a sala de engenharia espacial da Nasa? Ela recebe um café especial designado só para pessoas de cor e precisa correr aqueles 800 metros todos os dias apenas para ir ao banheiro, já que não existem banheiros destinados à pessoas de cor no prédio onde trabalha.

Katherine e as duas amigas a caminho da Nasa

Pouco tempo depois, chegam grandes computadores IBM para resolver os cálculos matemáticos, mas ninguém consegue fazê-los funcionar direito. Cabe à Dorothy (Octavia Spencer) ajudar a reformular o setor ao se tornar gerente do lugar.

Ela comanda a área dos computadores

Mary também não fica atrás. É a mais nova e mais descarada das três amigas. Por isso mesmo acaba se tornando a primeira mulher negra a cursar engenharia espacial em uma faculdade só para brancos. O discurso inflamado convenceu e emocionou o juiz que avaliava a questão anteriormente como um caso perdido.

Estranha no ninho

As três mulheres negras transformaram o lugar. Elas são as figuras escondidas (como promete o título original) que passavam despercebidas e de repente começaram a fazer a diferença. Sem elas, principalmente Katherine, muitas conquistas espaciais do futuro não teriam sido alcançadas.

Destaque num ambiente masculino

Uma história incrível com alguns pontos fracos, entre eles a atuação de Costner e Parsons. A direção de Melfi é segura, mas embora a mensagem do filme seja marcante ela é entregue sem pontos de virada ou rodeios. É aquele tipo de filme que começa e você já sabe bem como termina, espera apenas pelas pedrinhas no meio do percurso, que nesse caso não existem.

Cálculos especiais... e espaciais

É do tipo de filme correto e que não poderia ser esquecido na noite máxima do cinema norte americano, mas aí a pensar nele como um dos favoritos... já é um pouco demais.

Mulheres que fizeram diferença

Estrelas Além do Tempo, além de ter um título em português horroroso, sofre pelo didatismo e pelo tom exageradamente correto de Melfi. Pecou pela falta de ousadia, o que sobrou para as três mulheres negras naquele comecinho dos anos 60.
Veja abaixo o trailer de Estrelas Além do Tempo.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

MAD MAX (1978)

Um jovem Mel Gibson no papel da sua vida

MAD MAX (1979) - O destino às vezes pode levar as pessoas a caminhos inesperados. Explico... Austrália, final dos anos 70. Um jovem Mel Gibson acompanhou um amigo num teste para um papel em um filme de um diretor novato, George Miller. Ao final do teste Miller dispensou o amigo, mas gostou do estilo de Gibson e o convidou para um teste. Ali estava o astro que viveria o protagonista - Max.

O calado Max

O roteiro de Mad Max é dos mais simples. Pelas estradas do interior da Austrália - todas asfaltadas, nada de terrão não - as gangues dominam cada quilômetro quadrado. A polícia não dá jeito. Cabe à uma equipe de patrulheiros preservar a paz, a todo custo. Um deles é Max, um homem de poucas palavras.

Destruição pelas estradas

Um das gangues mais violentas é de Toecutter, que assusta por ser completamente insana. Ele é interpretado por Hugh Keays-Byrne, o mesmo ator que viveu o vilão Immortan Joe no Mad Max - A Estrada da Fúria. Muito se criou se por conta disso eles seriam o mesmo personagem, separados por quase 40 anos de diferença. Será?

Toecuuter e Immortan Joe seriam a mesma pessoa?

Os motoqueiros da gangue de Toecutter não tem escrúpulos, nada que os conecte ao mundo real. Pelo contrário. A devoção é quase religiosa à Toecutter. Eles buscam vingança depois que um dos membros da gangue é morto logo no começo do filme por um dos patrulheiros.

Gangues insanas

O quieto Max fica na sua, mas de repente se vê no meio da disputa quando sua esposa e seu filho ainda bebê são mortos propositalmente pela gangue de Toecutter. São atropelados friamente. Max se cala ainda mais, entra no veículo patrulha e parte pra estrada com uma sede cega de vingança.

A cruel cena da morte de mãe e filho

O filme de George Miller tem um roteiro simples, de busca e caçada. E claro, é um clássico exemplo da jornada do herói perfeita. Um homem comum, de família e que de repente se vê obrigado a buscar forças de onde nem imagina para alcançar o seu objetivo. Um começo estrondoso tanto para Miller quanto para Gibson e que inspirou uma das franquias mais famosas do cinema.

Um jovem com sede de vingança

Veja abaixo o trailer de Mad Max.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

POUCAS E BOAS (1999)

O falso músico de jazz Emmet Ray

POUCAS E BOAS (Sweet and Lowdown / 1999) - Woody Allen sabe muito bem como fazer um mockumentary - um falso documentário. Já provou isso em 1983 com Zelig, onde o próprio Woody interpreta o personagem título, que se transforma conforme o ambiente que frequenta - vira judeu quando rodeado de judeus, negro quando rodeado de negros, gordo quando rodeado por gordos e etc.

Zelig e suas múltiplas personalidades

Em Poucas e Boas Sean Penn interpreta Emmet Ray, um músico de jazz na década de 30, que se vangloria de ser o segundo melhor violonista do mundo, sendo inferior apenas - segundo ele próprio - ao francês Django Reinhardt, a sua fonte de inspiração e ídolo máximo.

A maestria de um músico que nem sequer existiu - o reflexo dos ídolos de Allen

Emmet é um errante, bebe muito, se enfia em confusões e não tem medo de dizer o que pensa e agir. Doa a quem doer. Assim, Emmet passa o filme sem uma companhia feminina certa, para ele nenhuma lhe corresponde o que sente. Amor verdadeiro Emmet sente apenas por si só e pela música, sua válvula de escape.

Músico acima de tudo e de todos

As mulheres não são mais do que uma aventura na vida do músico. Não é de se surpreender, ele passa boa parte do seu tempo falando de si mesmo e das suas glórias como músico, além é claro, de gastar o verbo sobre como ele admira Django Reinhardt. Não à toa ele acaba se casando com uma mulher muda, interpretada por Samantha Morton, ao mesmo tempo em que se enrosca com várias outras, inclusive uma jornalista interpretada por uma jovem Uma Thurman.

Emmet e a esposa muda

O falso documentário conta com a participação de muita gente do mundo do jazz - entre eles o próprio Woody Allen - contando a história de Emmet como se fosse verdade, lembrando de passagens e momentos marcantes. Tudo para confirmar a lenda de uma personalidade marcante da música. Impressiona ao final do filme quando se descobre que o mesmo não passa de um personagem fictício, já que tantas informações são levantadas - ou melhor criadas - sobre a vida de Emmet durante todo o filme.
Veja abaixo o trailer de Poucas e Boas.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ASAS DO DESEJO (1987)

Anjos sobre Berlim

ASAS DO DESEJO (Wings of Desire / 1987) - Uma boa ideia vale um filme. E a de Asas do Desejo é ótima - a humanidade é vigiada o tempo todo por anjos invisíveis, que nos ajudam, nos confortam, nos guiam. O filme alemão, quase todo em PB, tem muito mais do que aquela pegada de filme de arte, vai além disso. Muito graças à Wim Wenders, um dos diretores mais importantes do chamado Novo Cinema Alemão, surgido nas décadas de 60 e 70 com forte influência da Nouvelle Vague francesa.

A visão dos anjos

Em Asas do Desejo os anjos, que pairam sobre uma Berlim dividida pelo muro, escutam os pensamentos e os sussurros das pessoas. Boa parte da hora e meia inicial do filme é tomada por longas tomadas de pessoas caladas, onde ouvimos apenas os seus pensamentos. Anjos estão ali, por toda a parte. Eles são apenas vistos pelas crianças.

Anjos dando conforto e paz às pessoas

Um deles se apaixona por uma trapezista de circo. Mas mais do que isso, ele começa a ficar obcecado pelos sentimentos humanos, pelo toque, o quente e o frio, pelo gosto, o paladar, por olhar e ser notado, fazer diferença na vida de uma pessoa. Essa angústia começa a sufocá-lo, até o momento em que ele fala sobre isso com um outro amigo anjo. A saída - ele decide se "matar" para se tornar humano.

A trapezista, alvo da paixão do anjo

De repente de um PB passamos a um filme cheio de cor e com tomadas diferentes - afinal agora o anjo é humano. Aprendemos com ele cada uma das suas conquistas - o toque, as cores em uma pichação na parede, o abraço, os aplausos em um show de música - no caso de Nick Cave and the Bad Seeds - onde ele acaba reencontrando a trapezista.

O anjo ganha vida, se torna humano e o filme ganha cor

Você deve ter pensado "conheço essa história". Sim, verdade. Asas do Desejo inspirou o filme Cidade dos Anjos com Nicolas Cage e Meg Ryan, que saiu 11 anos depois. Mas no filme norte americano o romantismo toma o lugar da poesia. O problema na versão norte americana é que eles tocaram muito pouco - ou nada - no que mais importa no roteiro e o que faz do filme de Wim Wenders tão especial - um não-humano e sua luta por renascer num ambiente que ele não é natural.

Wenders de óculos no set

Asas do Desejo tem vários momentos de pura contemplação, seja da cidade de Berlim vista de cima ou de baixo - ainda com o muro que seria derrubado pouco tempo depois - ou até mesmo da existência humana. Os diálogos são pura filosofia (Wenders se formou na matéria na faculdade), tornando a experiência de assistir ao filme pesada em alguns momentos.

Anjo conhecendo as ruas

Principalmente porque filmes europeus, tem uma linguagem diferente da de Hollywood. Não são melhores ou piores, são apenas diferentes. Então aqui, algumas cenas se arrastam mais do que deveriam, o corte demora à chegar, e os monólogos são longos. Mas nada disso é ruim, é só uma característica. Asas do Desejo é fascinante, uma experiência única e que nos faz abrir os olhos para outros cinemas por aí. Um filme mágico.
Veja abaixo o trailer de Asas do Desejo.



terça-feira, 17 de janeiro de 2017

DEADPOOL (2015)

O herói (anti-herói?) que faltava na galeria da Marvel

DEADPOOL (2016) - Um dos maiores sucessos recentes da Marvel, a história de Deadpool consegue ser ainda anterior ao filme de 2016. O personagem apareceu no filme solo de Wolverine e também havia sido interpretado por Ryan Reynolds. (O fato de ele ser morto lá não conta, tá...). O mesmo personagem - Deadpool - está de volta e é um grande acerto em vários motivos. Começa pela escolha do ator.

Os dois "Deadpool" de Reynolds

Ryan Reynolds é Deadpool. Nasceu para ser Deadpool. (E aqui peço desculpas de antemão à quem conhece bem a história do personagem nos tempos de quadrinhos, aqui vou me focar apenas no que veio pro cinema, ok?). Wade Wilson é um matador de aluguel sem escrúpulos ou qualquer traço de humanidade. Para ele o mundo é um tabuleiro com peças a matar... e sempre por dinheiro. É também um falastrão, piadista.

Desta vez nada de uniforme de CGI

Quando descobre ser portador de um câncer que está se espalhando rapidamente pelo corpo, Wade abre mão de tudo e abandona inclusive a namorada com o pretexto de evitar que ela sofra. Ele aceita um convite de um estranho e se entrega como cobaia de um experimento que não só promete curá-lo mas como também lhe dar força sobre humana.

Wade e a namorada

Lá passa por um tortura severa nas mãos de Francis, um mutante com o poder de não ter sentimento algum - nem dor nem medo. Wade se torna vítima de Francis e acaba com o rosto deformado, o que o obriga a usar uma máscara e se esconder de tudo e de todos. Foge do local, assume o nome de Deadpool e tem apenas um único desejo - se vingar de Francis.

Francis, o mutante que nada sente

O filme é um acerto só, do começo ao fim. Reynolds está à vontade ao assumir a personalidade de um personagem engraçado e violento, sem nenhum pudor. Uma história boa que inaugura - vamos ignorar aquele outro Deadpool, ok? - mais um personagem da Marvel que tem tudo para ter sucesso em seus filmes próprios - como no remake prometido para 2018 - ou quando se juntar à outros.

"Ele fugiu? Nãooooo!"

O roteiro é muito bem amarrado, mistura flashbacks em momentos relevantes da trama, com o cuidado de não fazer a história parar em nenhum momento, apresenta muito bem o personagem e guarda ainda boas cenas de brigas cheias de sangue e uma participação pequena, mas relevante, de alguns X-Men.

Lição de moral na Sinead O´Connor

Piadas o tempo todo - consigo próprio ("Ryan Reynolds tem um método de atuação superior"), com música ("Wham!" e "Vou fazer com você o que Limp Bizkit fez com o rock nos anos 90"), trocadilhos infames ("a quem eu tive que puxar o saco para ter meu próprio filme? Não vou dizer o nome, mas rima com Polverine") e muitas e muitas coisas. Com cenas físicas cheia de humor também. E claro, não se esqueça da cena pós créditos, que homenageia Curtindo a Vida Adoidado.



Veja abaixo o trailer de Deadpool.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

SIN CITY: A DAMA FATAL (2014)

A cidade onde tudo acontece

SIN CITY: A DAMA FATAL (Sin City: A Dame to Kill For / 2014) - Foi uma longa espera. Para os fãs da graphic novel ou do diretor Robert Rodríguez - o meu caso - a espera foi de quase 1 década. O longo vácuo entre o primeiro filme e este segundo filme tem uma explicação. As agendas lotadas de todos os envolvidos, isso sem falar no esmero excessivo de Rodríguez, que esperou juntar a mesma equipe - ou boa parte dela - para a sequência. E dá pra entender. O sucesso de Sin City: A Cidade do Pecado de 2005 foi estrondoso.

A dama fatal
O elenco estelar está quase todo de volta. Bruce Willys, Jessica Alba, Mickey Rourke e Rosario Dawson. Brittany Murphy e Michael Clarke Duncan, atores mortos em 2007 e 2012 respectivamente, foram substituídos.

A marca do longa é o forte apelo estético

Clive Owen decidiu não voltar ao personagem Dwight, papel que coube a Josh Brolin. Aqui talvez o único grande problema do filme. Não que Brolin não seja um ator capacitado. É que Dwight está cravado na pele de Owen. Ele É Owen. Ver esse personagem na pele de outro ator incomoda bastante.

Brolin assume papel de Owen

Lady Gaga e Joseph Gordon-Levitt vivem bem os seus papéis, mas está em Marv (Mickey Rourke) a grande força do filme - assim como no primeiro filme.

Marv é mais uma vez, a grande força de Sin City: A Dama Fatal

O longa mantém a mesma fórmula do sucesso anterior - tudo gravado em estúdio com fundo verde e substituído por imagens feitas em computador remontando a cidade violenta e corrupta imaginada por Frank Miller. O atrativo que chamou tanto público aos cinemas no filme de 2005 segue o mesmo - o visual impressionante dando sustentação a personagens muito ricos.

Joseph Gordon-Lewitt e Christopher Lloyd

Muitas fórmulas são repetidas aqui, inclusive a questão de ele ser um filme episódico. Em time que está ganhando - mesmo que sejam quase dez anos depois - não se mexe mesmo. Então não é difícil de concluir - se você gostou do Sin City: A Cidade do Pecado de 2005 vai gostar de Sin City: A Dama Fatal de 2014. 
Veja abaixo o trailer de Sin City: A Dama Fatal.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O INFORMANTE (1999)

Um sabe muito e o outro quer fazê-lo contar publicamente

O INFORMANTE (The Insider / 1999) - Já foi um grande negócio processar as indústrias de cigarro. Ganhou-se muito dinheiro com isso. Os filmes Erin Brokovich: Uma Mulher de Talento e Obrigado por Fumar tratam um pouco disso. No caso do segundo filme toda a batalha jurídica é mostrada de uma forma leve e descontraída. Ao contrário de O Informante onde tudo é muito mais sério.

Expôr a verdade na televisão

O longa dirigido por Michael Mann (que vinha de O Último dos Moicanos e Fogo contra Fogo, este último com Pacino e De Niro) fez barulho e teve grande sucesso em festivais de cinema pelo mundo. Ele colocou frente a frente o mestre Al Pacino e um Russell Crowe, pré Gladiador mas pós Los Angeles Cidade Proibida, onde já demonstrava enorme talento e um futuro brilhante.

Perseguido no jogo de golfe - eles estão em todo lugar

Jeffrey (personagem de Crowe) não é fumante, mas trabalhou por muitos anos como vice presidente de uma grande companhia de cigarros. Acabou sendo mandado embora sem explicações.

Um homem pressionado

Encontrou ajuda em Lowell (Pacino), o produtor de um dos maiores programas jornalístico da televisão norte americana, o 60 Minutes. A credibilidade do programa junto ao público é enorme, por isso Jeffrey sabe que lá é o lugar certo para contar tudo o que sabe sobre as indústrias de tabagismo e seu produto, como uma forma de vingança.

Um produtor de TV atrás de notícia

A empresa de cigarros o procura pedindo que ele assine um termo de confidência. Jeffrey se nega e passa a ser perseguido, pessoas rondam sua casa, ameaçando a sua segurança e da sua família. Ele entre na paranoia e carrega uma arma por onde vai. Sua vida desmorona. A esposa não aguenta a situação, e se muda com as filhas. Jeffrey passa a enfrentar o problema sozinho.

Uma bala na caixa de correio

Isso só contribuiu para que Lowell faça a entrevista bombástica onde Jeffrey conta tudo. O principal - um aditivo químico colocado na nicotina para forçar o vicio e a dependência. Mas colocar essa entrevista no ar não é tarefa fácil, porque a própria CBS, emissora de televisão do programa 60 Minutes, tenta boicotar o programa, resultado da enorme influência que as empresas tabagistas tem nas grandes empresas de qualquer ramo.

Brigando com os executivos para levar a história ao ar

O problema de O Informante é ser muito longo, e por vezes o interesse de perde. O clima também não contribui, deixa o filme pesado demais em algumas momentos. De qualquer modo, é uma impressionante história real onde pessoas deram suas vidas, quase literalmente, em nome das coisas em que acreditam.
Veja abaixo o trailer de O Informante.