domingo, 26 de fevereiro de 2017

LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES (2016)

Dança e sapateado 

LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES (La La Land / 2016) - Está aí um daqueles filmes que jamais será lembrado pelo título em português. Não que "Cantando Estações" seja horroroso, mas é que La La Land é tão mais forte e marcante. O título em português vem justamente do fato de o roteiro, criado por Damien Chazelle - novato de pouco mais de 30 anos - é contado através das estações do ano. Em cada uma delas uma paleta de cor, um ritmo de roteiro e uma motivação diferente entre os personagens principais. Cheio dos cuidados, La La Land é isso - um filme feito no capricho, em cada take.

Chazelle, à esquerda, de camiseta cinza

Isso reflete na tela. As cores saltam, vibram, a iluminação preenche os vazios e os fundos de cena são simplesmente maravilhosos. É tudo muito bem pensado, arquitetado até, com um cuidado poucas vezes visto recentemente. E todos esses elogios não são desnecessários, são puro mérito.

Tudo muito colorido e bem pensado

A história de La La Land é das mais simples. Garçonete (Emma Stone) e pianista (Ryan Gosling) tentam o sucesso em Hollywood. O sonho dos dois só os une mais, ficam mais fortes juntos. No meio de danças, sapateados, coreografias e muita música, La La Land conta a história de uma dupla se sonhadores.



O mais impressionante em La La Land - independente do enorme sucesso e das críticas positivas - é a beleza que se vê desde o primeiro minuto até o último. As músicas e as coreografias são muito bem feitas e digo sem medo, são felizmente curtas - digo isso porque faço parte do time que se irrita com musicais quando as cantorias interrompem a história. Aqui não acontece isso.

O desejo de ser nas telonas

Não vou contar como a história se desenvolve. E nem preciso. Primeiro porque não vale a pena - esse é o tipo de filme que tem que "pagar pra ver". E segundo que esse é daqueles que vale pela jornada e não apenas pela conclusão. Mas adianto que os minutos finais são de dar um nó na garganta.

Em poucos meses, Gosling aprendeu a tocar piano para o papel

Damien Chazelle, um "moleque" de apenas 32 anos, pode se sagrar o diretor mais jovem a levar uma estatueta pra casa, tudo graças ao seu amor pelo jazz e pelo cinema. No ótimo Whiplash ele já falava sobre esse amor pelo jazz e pela música e geral. Em La La Land ele foca acima de tudo no cinema. É acima de tudo, uma grande homenagem à sétima arte tendo referências à todo momento dos anos de ouro de Hollywood. Vale cada frame.
Veja abaixo o trailer de La La Land: Cantando Estações.


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