sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

SELMA: UMA LUTA PELA IGUALDADE (2014)

A marcha
SELMA: UMA LUTA PELA IGUALDADE (Selma / 2014) - Não é a primeira vez que essa história é contada. E não será a última. Todo mundo conhece pelo menos uma frase daquele discurso do "I have a dream" do pastor e ativista político Martin Luther King. Pois bem, aqui outro ponto fascinante da biografia de King é retratado.

King real e fictício

Tudo é centrado em uma única ação - a marcha de quase noventa quilômetros entre Selma, uma cidade com sérios problemas raciais e Montgomery, a capital do Alabama, um dos lugares mais preconceituosos dos Estados Unidos naquela metade da década de sessenta. Tudo motivado pela morte do jovem negro Jimmie Lee Jackson pela arma de um soldado branco que passou 45 anos sem pagar pelo crime.

Violência policial

Selma foca não apenas em King e a marcha, mas no trabalho duro de convencimento junto ao presidente norte americano Lyndon Johnson para evitar um verdadeiro massacre lá. E a resposta em parte foi "vocês estão marchando lá porque querem". E King, ao lado de outros tantos ativistas seguiu com a marcha, tanto para protestar pela morte de Jackson como para lutar pelos direitos dos negros ao voto. O intuito principal era que nas próximas eleições eles pudessem escolher alguém que olhasse com mais carinho para a causa negra.

Realidade e Ficção: Lyndon Johnson com King

Na primeira tentativa da marcha poucas pessoas e um massacre, policiais espancando sem dó os negros. Na segunda, com cobertura da mídia e uma boa participação de pessoas brancas compadecidas pela causa, a polícia não agiu. King com receio de que seria uma emboscada voltou atrás.

King decide não seguir com a marcha

Na terceira e última tentativa um volume impressionante de pessoas se juntou à marcha e chegou finalmente, em paz à Montgomery onde King discursou em frente ao gabinete do governador. Neste ponto o filme termina.

A ponte Edmund Pettus atravessada pela marcha de King 

É essencial que histórias assim sejam contadas e imortalizadas por bons filmes. No caso, Selma: Uma Luta pela Igualdade cumpre muito bem este papel. A tensão daquele período e o confronto de etnias está muito bem explorado aqui e chega a extrapolar o limite da tela.


Momentos da história real de Selma

Mas é bom que se diga que David Oyelowo, que interpreta King, não conseguiu traduzir a dimensão que o personagem precisa, apesar da sua indicação ao Globo de Ouro. Se não dele, a culpa pode ser do roteiro que não possibilitou ao personagem toda a grandeza necessária. Mas não compromete não. Tanto que o longa, dado a importância histórica de tratar de um tema tão atual, concorreu ao Oscar de Melhor Filme.

David Oyelowo

Outro problema de Selma está justamente no ritmo do trecho final, tudo se resolve muito rápido, merecia um melhor desenvolvimento ali, princialmente dos personagens. E não simplesmente letreiros na tela explicando onde cada um foi parar.
Veja abaixo o trailer o trailer de Selma: Uma Luta pela Igualdade.



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