domingo, 1 de abril de 2018

SPARTACUS (1960)

O olhar desafiador do escravo

SPARTACUS (1960) - Grandiosidade. Quando se junta Stanley Kubrick, Dalton Trumbo e Kirk Douglas não dá para se esperar outra coisa. O projeto para lá de ambicioso foi todo produzido na década de cinquenta e tem mesmo um pé naquela época, mas só foi lançado no comecinho da década seguinte. Foi ignorado nos principais prêmios da Academia, levou um de ator coadjuvante, figurino, fotografia e direção de arte. Levou também o Globo de Ouro de melhor filme dramático. E só. Merecia mais.

Escravo de destaque

Spartacus é um escravo do Império Romano. Trabalha dia e noite junto com outros tantos. Mas ele tem algo a mais. Não leva desaforo dos guardas romanos, está sempre com aquele olhar desafiador e não dá à eles o prazer do grito, do choro de dor. Se destaca e por isso mesmo acaba sendo vendido para um treinador de gladiadores, junto com outros tantos.

Uma verdadeira arma de guerra

E passa a lutar com outros escravos até a morte em uma pequena arena. A alta casta de Roma assiste a tudo lá de cima e vibra como uma partida de futebol. Em uma dessas lutas, logo em sua primeira, Spartacus é derrotado. Mas no momento em que será morto, o escravo vencedor se revolta e joga o tridente - arma que usa no combate - contra os romanos. Tenta pular a grade e acertá-los pessoalmente, mas logo é impedido e morto pelos guardas.

A luta pela vida

Spartacus, então se transforma em um grande líder dos demais escravos. E lidera uma rebelião, onde todos escapam e fogem pro campo. Lá montam uma pequena cidade com suas mulheres e crianças e aos poucos a vida começa a caminhar para os escravos, pela primeira vez livres. Mas Spartacus não descuida de seguir treinando os seus companheiros, já que ele acredita que um contra-ataque do Império Romano é eminente.

Kubrick no set

Dito e feito. Mas antes... Intermission. É, Spartacus é um filme longo, tem quase três horas e vinte, e por isso, como era costume nos grandes épicos daquela época, o filme tinha uma interrupção no meio, onde a plateia podia levantar, tomar uma água e só depois de alguns minutos o filme era retomado. Seguindo Seguindo com o filme.

O senado romano

Nessa segunda parte, o Império Romano acaba por achar o paradeiro dos escravos. Eles querem saber qual dos homens ali é Spartacus, ninguém se pronuncia. Então eles vão crucificando um por um os escravos para que todos que passem vejam o que acontece com quem desobedece o Império Romano. Por fim, Spartacus e Antoninus, que se tornaram grandes amigos naquela jornada, são os que sobram e devem duelar até a morte, o outro será crucificado.

Cenários grandiosos


O sucesso foi estrondoso. Custou meros doze milhões de dólares e arrecadou sessenta. Kubrick, que sempre traz uma assinatura muito própria em cada um dos seus longas, entrega um Spartacus sem as suas grandes marcas próprias. E isso tem uma explicação - Anthony Mann começou a rodar o filme, mas desentendimentos com Kirk Douglas fizerem com que ele fosse substituído por Kubrick, que já havia trabalhado com Kirk recentemente em Glória Feita de Sangue.

De escravo à líder

Veja abaixo o trailer de Spartacus.


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