segunda-feira, 28 de maio de 2018

HAN SOLO: UMA HISTÓRIA STAR WARS (2018)

Dá conta do recado?

HAN SOLO: UMA HISTÓRIA STAR WARS (Solo, A Star Wars Story / 2018) - E chega mais uma aventura da saga mais importante do cinema. Um spin off apenas, é verdade... mas ainda assim mais um filme, uma história que promete entregar mais detalhes dos personagens e das situações do passado do faroeste espacial de Star Wars. Desde a pré produção Han Solo sofre com duras críticas de fãs e não fãs da saga sobre a escolha dos atores, o roteiro e até mesmo questionaram o motivo de se fazer um filme de origem sobre um dos personagens mais queridos do universo Sta Wars. 

O elenco principal e os os dois diretores que iniciaram o projeto

Tudo reforçado pelos problemas de troca na direção e nos roteiros feitos de última hora. Saíram os desconhecidos Phil Lord e Chris Miller e entrou o oscarizado Ron Howard (ele foi indicado por Frost/Nixon e levou por Uma Mente Brilhante). 

Howard (de verde) no set de Han Solo

A história mostra o jovem Han Solo (Alden Ehrenreich) em suas primeiras aventuras vivendo em uma época (e planeta) onde combustível vale ouro. Ele tem um Kira (Emilia Clarke) uma parceira amorosa e companheira também de pequenos escambos . Lando (Donald Glover) não poderia ficar de fora dessa e claro Chewbacca mostra toda a sua força de wookie. O quadro está montado. Mas ainda tem espaço para Beckett (Woody Harrelson) que assume um papel de espécie de mentor de Solo, além de Dryden Vos (Paul Bettany) como um dos vilões do filme.

SPOILERS

E digo "um dos vilões" porque na verdade Han Solo tem vários. Na verdade todos são vilões em algum momento da trama. Uma boa ideia bem feita e bem realizada pelo roteiro de Lawrence Kasdan, o mesmo dos episódios VI e VII. Han Solo tem muitas cenas de ação que dão um movimento interessante e incensante à trama. Nada marcante ou inesquecível. Na verdade muitas cenas são homenagens ou cópias mesmo de outras saídas utilizadas nos demais filmes da saga, como escapar de um bichão cheio de dentes em uma caverna ou combater os caças imperiais com o canhões de tiro da Millenium Falcon, entre outras. Mas mesmo assim são sequências que ditam o ritmo de boa parte de Han Solo.

Parceiros na Millenium Falcon

O filme também presta, de certa forma, para corrigir erros ou imperfeições em outros filmes da saga - como a importância dada à correntinha que Han exibe à todo momento no começo do filme - item que já tinha aparecido no episódio VII e VIII. Isso sem falar na aparição intrigante, pra dizer o mínimo, de outro personagem muito relevante para a saga como um todo. E sem falar também na não aparição de Jabba. Dois belos ganchos para uma continuação de Han Solo. Será?

Kira, o interesse amoroso de Han
Inverter falas clássicas dos filmes originais também estão aqui. O famoso "eu te amo" seguido pelo "eu sei" entre Han e Léia nos episódios V e VI é substituído por "eu te odeio" e "eu sei" entre Han e Lando. "I have a bad feeling about this" agora é "I have a good feeling about this". São pequenas pérolas que deixam o roteiro inteligente e com um bom molho.

FIM DOS SPOILERS

O Han Solo de Ehrenreich dá conta do recado. Sim. Entrega aquele lado divertido, canastrão do Han de Ford. Mas claro, o objetivo não é substituir Han de Ford, de maneira nenhuma. Tudo serve como uma boa homenagem e Ehrenreich faz tudo muito bem. A edição, talvez, tenha lhe cortado alguns momentos sem fala em que ele poderia ter desenvolvido melhor caras e bocas, mas tudo bem. Nada que comprometa.

Solo e Chewbacca

Glover está excelente, embora seu Lando tenha menos espaço no filme que merece. Ele está canastrão na medida. Alguém para se confiar desconfiando. Assim como praticamente todos os personagens principais de Han Solo.

Partidinha de Sabacc
O problema de Solo está no ritmo. Na parte final tudo é muito corrido, acelerado. A impressão que fica é que tiveram que cortar uns bons minutos e preferiram tirar da meia hora final. Sem padrão. Essa aceleração compromete o ritmo, mas não estraga a experiência. Han Solo é leve, divertido e engraçado na medida. Não é maravilhoso ou imprescindível para a saga, mas não precisa, não tem essa pretensão. Funciona e entrega o que promete, e é o que basta.
Veja abaixo o trailer de Han Solo: Uma História Star Wars.


terça-feira, 22 de maio de 2018

PROJETO FLÓRIDA (2017)

Filha e mãe 

PROJETO FLÓRIDA (The Florida Project / 2017) - "O maravilhoso mundo da Disney", como diz o próprio slogan do lugar, pode não ser tão maravilhoso assim. Pelo menos para algumas pessoas que vivem à margem daquilo, nas proximidades dos parques que recebem diariamente milhares de turistas vindos do mundo inteiro. A ideia do roteiro de Projeto Flórida - que aliás é o nome como o parque era conhecido no começo de tudo - é justamente mostrar essas pessoas que vivem à margem.

Colorindo a infância pobre

O foco do filme é um grupo de crianças de cerca de 7 anos que vive em um hotel popular de beira de estrada. Tecnicamente, segundo o diretor Sean Baker, elas são sem-teto, já que seus pais não conseguem viver em casas próprias. Os dias passam quase sempre iguais, com as crianças andando por ali, aprontando pequenos delitos - como cuspir em carros ou invadir casas abandonadas - enquanto seus pais - pobres e sem condições - vivem de bicos ou trabalhos que pagam muito pouco.

Bkaer em ação, ao lado de Dafoe

Willem Dafoe é o zelador do prédio e enfrenta os problemas criados pelas crianças problemáticas e suas mães e pais. Destaque para Moonee e sua mãe, a ex-presidiária Halley, que vê na prostituição a única saída para levantar um dinheiro extra e pagar o "aluguel" semanal do quarto. O personagem de Dafoe se compadece com a história e alivia a barra da família.

O experiente Dafoe e a novata Brooklynn Prince

Mas tudo é visto pelo ponto de vista da pequena Moonee, por isso o plano de câmera escolhido é sempre baixo. Somos convidados a ser uma outra criança vivendo aquelas errantes vidas. Assim como o próprio Baker que se interessa pelas histórias que são varridas para baixo do tapete, como a desses americanos que vivem na linha da pobreza bem ao lado do "mundo maravilhoso da Disney".

Tédio

O interessante de Projeto Flórida é que todo o trecho final, logo após uma sequência emocionante sobre o drama de Moonee, é gravado com iphone. Isso tem um propósito, algo que o próprio Baker usou em filmes anteriores. Aqui, eu vejo assim, representa a imaginação dos personagens, nada daquilo aconteceu de verdade.

De iphone

Projeto Flórida apresenta, em contraste com as fortes cores das construções locais, uma história triste. Um drama familiar pautado em crianças que passam os dias vazios imaginando como seria fazer algo que elas não tem perspectiva ou dinheiro algum para realizar. 
Veja abaixo o trailer de Projeto Flórida.

domingo, 20 de maio de 2018

O CORVO (1994)

O Corvo

O CORVO (The Crow / 1994) - A fama de um filme pode vir de muitas maneiras diferentes, mas nem sempre por uma coisa boa. Pode ser por um cartaz atrás de uma cortina - que alguém imaginou que seria um fantasma -, pode ser por uma cena de sexo forçada armado pelo ator e diretor e sem consentimento da atriz - e tantas e tantas maneiras diferentes. No caso do O Corvo a fama veio por uma tragédia.

Brandon Lee
A história, baseada numa HQ de muito sucesso do final da década de 80, gerou uma série de outras HQs, quatro filmes e até uma minissérie de TV. O personagem principal é Eric Draven, um integrante de uma banda de rock gótico que acaba sendo assassinado junto com a noiva depois de ter a casa invadida por uma gangue local.

A violenta gangue local

Eric é trazido do mundo dos mortos por um corvo e - mesmo morto - assume uma personalidade violenta ao buscar vingança contra cada um dos membros da tal gangue. No percurso ele conta com a ajuda de algumas pessoas que não se assustam com a presença de Eric, como um policial e uma garotinha que era sua amiga quando vivo.

A garotinha, amiga de Eric Draven

Basicamente o filme é isso. Mas a repercussão do filme só foi tão grande devido ao assassinato - por acidente - de Brandon Lee, ator que interpretava Eric. Em uma cena foram usadas balas de verdade ao invés das de festim. Brandon foi atingido e morreu aos 28 anos. A cena da morte foi destruída pelo estúdio, nada sobrou dela. Michael Massee, o ator que atirou e matou Brandon Lee, ficou anos afastado do cinema e acabou morrendo em 2016.

Massee, como Funboy

A tragédia de Brandon é a segunda na família. O pai, Bruce Lee, também morreu jovem e de forma estranha. A versão oficial diz que seu corpo rejeitou um medicamento para dor de cabeça que ele vinha tomando há algum tempo. Um edema cerebral foi diagnosticado e Bruce perdeu a vida aos 32 anos. Pela internet uma série de outras causas contrariam esta.

Bruce em seu último filme

A triste coincidência no destino de pai e filho marcou as duas carreiras e por consequência seus últimos filmes - Operação Dragão, no caso de Bruce, e O Corvo, no caso de Brandon. Várias cenas deste último tiveram que ser refilmadas, usando um dublê e computação gráfica, que apesar de não ser tão avançada quanto a de hoje, são de excelente qualidade. Ao assistir O Corvo é quase imperceptível quando Brandon está em cena ou quando ele é substituído por um dublê ou pela computação.
Difícil saber quando é dublê, computação ou o próprio Brandon
A cena inicial do filme - toda em flashback - foi uma maneira que os produtores encontraram para mascarar a cena real onde Brandon é assassinado. A tortura que a gangue promove no apartamento do casal substitui a outra, onde a sua noiva no filme, teria sido estuprada, culminando na morte do personagem e consequentemente do ator.

Brandon, ao meio, no set de O Corvo

Um triste fim para um ator que poderia ter uma carreira longa. Dizem até que ele estava cotado para interpretar Coringa em um filme do Batman.
Veja abaixo o trailer de O Corvo.
   

domingo, 13 de maio de 2018

CONSPIRAÇÃO E PODER (2015)

A verdade custe o que custar

CONSPIRAÇÃO E PODER (Truth / 2015) - George W. Bush é um presidente que mexeu com os ânimos dos norte americanos quando foi eleito e reeleito. O republicano era considerado incapaz de assumir o cargo por boa parte dos eleitores. Muitos afirmam que o seu QI sempre foi baixo. Michael Moore por exemplo sempre teve em George W. Bush o seu maior alvo. Conspiração e Poder segue o mesmo caminho.

Tapinhas nas costas 

A história real de Conspiração e Poder se passa em 2003, ano anterior à reeleição de George W. Bush. Mary Mapes (a sempre ótima Cate Blanchet), vive uma jornalista, produtora e editora do "60 Minutes", o jornalístico de maior credibilidade dos Estados Unidos. E reúne uma equipe para investigar um fato que mudaria a história daquela eleição - George W. Bush, ainda quando servia as Forças Armadas teria sido favorecido ao não se apresentar para o serviço por 1 ano e ainda ter "fugido" do Vietnã, onde deveria servir.

Mapes e Dan antes de gravar o 60 Minutes

Assim que Mapes colocou a história no programa especialistas apareceram na TV, internet e radio para dizer que tudo não passa de uma invenção da jornalista. Os documentos que comprovavam a história, segundo eles, eram falsos. Para evitar uma grita maior a CBS, emissora do "60 Minutes", resolveu desmanchar a equipe e evitar que eles continuassem com as investigações. Destaque para Robert Redford que vive Dan Rather, o apresentador experiente do noticiário e que é como um pai para Mapes. Respeitado e dono de marcas copiadas no telejornalismo norte americano.

Toda a equipe na sala de edição

Nesse ponto a história foca no drama de Mapes. A mulher durona desmorona quando a relação que antes era só profissional, passa a ser pessoal a partir do momento que a imprensa em geral passa a investigar tudo na sua vida, até mesmo suas crenças políticas. E chega finalmente ao pai dela, a sua maior ferida. Ele batia nela quando criança pelo simples fato de fazer muitas perguntas. O processo judicial se arrasta, mas não impede que George W. Bush vença a reeleição. Coube a Mapes escrever o livro "Truth and Duty: The Press, The President and the Privilege of Power" que originou o filme escrito e dirigido por James Vanderbilt. A sua estreia nas telonas.

O casal real e o fictício

Impossível não fazer comparações com Spotlight, o vencedor de Oscar de melhor filme em 2016. Lá a equipe está mais bem resolvida na história, dá pra acreditar naquela equipe. Aqui, nem tanto. Foca mais no drama de Mapes. Lá a vitória do jornalismo investigativo, aqui a derrota.

Repercussões negativas

Um filme sobre o poder do jornalismo investigativo, que não precisa surtir efeito - nesse caso Bush se reelegeu - mas é importante para mostrar que tem muita lama correndo por aí. E que essas histórias precisam chegar às pessoas. Mesmo depois de anos para saber que nem tudo o que é lido, escrito, publicado e mostrado na TV é verdade. Cada história tem muito mais do que apenas dois lados.
Veja abaixo o trailer de Conspiração e Poder.


sexta-feira, 11 de maio de 2018

GAROTA, INTERROMPIDA (1999)

Várias garotas interrompidas

GAROTA, INTERROMPIDA (Girl, Interrupted - 1999) - Susanna Kaysen é uma escritora de poucos livros. Até hoje, beirando os 70 anos, foram cinco publicados. O de maior sucesso é o único biográfico - Garota, Interrompida. O título é inspirado em uma pintura de 1660 que mostra uma garota incomodada por ter sido interrompida enquanto compunha uma canção ou lia uma partitura.

O quadro "Girl, Interrupted at her Music"

O livro de Kaysen fez bastante sucesso e pouco tempo após publicado, em 1993, teve os direitos adquiridos por Winona Ryder que produziu o longa metragem, lançado em 1999.

A autora da autobiografia que deu origem ao filme 

Winona interpreta a própria Kaysen, uma jovem deprimida e desconectada do mundo nos anos 60. Ela tenta se suicidar com uma mistura de vodca e comprimidos. Os pais, preocupados, internam Susanna numa casa de repouso. Mas ao chegar ela percebe que trata-se na verdade de um manicômio.

A chegada ao novo lar

O local só tem meninas - uma que botou fogo no próprio corpo, outra que fica ninando uma boneca como se fosse sua filha, outra que mente compulsivamente, outra que fica como estátua olhando pro vazio o tempo todo, etc. Susanna se assusta e afirma não pertencer aquele lugar. O quadro de enfermeiros, comandados por Valeria (Whoppi Goldberg) passa a fazer jogo duro. Algo como o vivido por Randle (Jack Nicholson) e a enfermeira Ratched (Louise Fletcher) em Um Estranho no Ninho.

Whoopi, a chefe dos enfermeiros

Susanna se assusta mais com Lisa (Angelina Jolie, simplesmente sensacional), uma interna com sérios distúrbios psicóticos. Ela é a líder das outras internas, não respeita as leis do lugar, e tem um olhar simplesmente insano. Poucas veze Jolie esteve tão bem em uma personagem, não é à toa que a atriz levou o Globo de Ouro e o Oscar pela atuação.

Jolie magistral...

... e com a merecida estatueta pela criação de Lisa

Aos poucos Susanna se acostuma com o lugar, mesmo tendo pouco contato com o mundo externo e com a companhia das demais internas. O namorado dela, vivido por Jared Leto, tenta levá-la embora, mas ela recusa e diz pertencer àquele lugar.

Leto e Ryder

Diagnosticada com transtorno de personalidade, Susanna evolui no tratamento apenas quando fica distante de Lisa, o que acaba acontecendo com frequência quando a interna violenta dá as suas escapadas, ficando semanas fora. Nesse período, Susanna se entrega à escrita, dedicando seu tempo à escrever suas memórias, que depois viraria o livro.

Lisa e outras internas

Garota, Interrompida, dirigido por James Mangold - o mesmo de Johnny e June e Identidade - é ótimo. O diretor soube encontrar o limite do dia a dia de um hospital psiquiátrico, sem cair em caricaturas. Grande parte ao excelente trabalho das jovens atrizes, como Brittany Murphy e Clea DuVal, por exemplo. Mas o destaque, acima de tudo, é para Angelina Jolie, que repito, está incrível no papel de Lisa. Daquelas interpretações que valem o filme.

Brittany Murphy 
Veja abaixo o trailer de Garota, Interrompida

terça-feira, 8 de maio de 2018

AMANTE A DOMICÍLIO (2013)

O cafetão e o Don Juan

AMANTE A DOMICÍLIO (Fading Gigolo / 2013) - Como uma homenagem à Woody Allen. É o jeito, e talvez o único, de se analisar Amante a Domicílio. O filme respira Woody em todas as cenas. Desde o ambiente - Nova York -, passando pela trilha sonora - com jazz e músicas similares o tempo todo - e fechando, é claro, no confronto de religiões - tendo os judeus como principal alvo. Está tudo aí, só se inverteram as cadeiras. Em Amante a Domicílio Woody assumiu a posição de mero ator, John Turturro assinou o roteiro e a direção, aqui a sua quarta.

Turturro em ação

Os amigos de longa data Fiovarante (Turturro) e Moore (Allen) estão à procura de algo novo para o primeiro fazer já que a livraria da família em que trabalha será fechada e o atual emprego como floriculturista não lhe dá perspectivas melhores. Moore volta com a ideia perfeita, sugere se tornar um cafetão do solteiraço Fiovarante.

Em Allen alguns alívios cômicos da trama

O primeiro programa acontece com a dermatologista de Moore, vivida pela sempre linda Sharon Stone. O sucesso é grande, o dinheiro entra fácil. Então Moore faz o mesmo com as colegas dela e o negócio de cafetão acaba prosperando.

Mais uma cliente

Isso até ele se apaixonar por uma das suas clientes - uma judia ortodoxa que não era tocada por um homem desde a morte do marido. Fioravante fica tão mexido com aquilo que não consegue mais realizar o "serviço". Aí o negócio acaba.

A paixão de Fioravante

Clichês atrás de clichês... mas os problemas de Amante a Domicílio nem são só esses. Primeiro a começar por Turturro que, vamos combinar, não passa por amante profissional em nenhum lugar do planeta. Ainda mais quando arrebata clientes como Sharon Stone e Sofia Vergara. É uma baita forçação de barra aí.

A dupla que se atira sobre Fioravante

O roteiro de Turturro, que assina também a direção, poderia ser bem mais desafiador. O tom de comédia romântica fácil sobrevoa o filme todo e até passa um certo ar de preguiça. Pô, não custava nada pedir ajuda para Allen, que é um mestre dos roteiros. Allen por sinal não é ator, mas seu Moore melhora depois de um começo inseguro nas primeiras cenas. É bom - para quem é fã - ver um Allen assim fazendo algo diferente do seu usual. Aqui ele não é apenas o cara inseguro, ele também faz papel de tiozão jogando beisebol no parque com uma criançada, por exemplo.


Diálogos nada inspirados

Turturro tentou mas não chegou nem perto das comédias de Allen. Faltou texto basicamente. Seria tão melhor se a dupla protagonista não fosse levada a sério pelas mulheres. Faria mais sentido. Mas não, tudo é levado muito a sério e aí... nada. Veja abaixo o trailer de Amante à Domicílio.